O clima foi meio de festinha de aniversário e meio de Réveillon. O próprio Don L explicou durante o show que a data no Sesc Pompeia coincidiu com o dia do seu nascimento, 18 de janeiro. Então o clima nessa quente e caótica noite na Zona Oeste de São Paulo foi de festa dupla. Aniversário e primeiro show grande em São Paulo em muito tempo. Ingressos esgotados em minutos, casa cheia, atmosfera de encontro de amigos: o Don aproveitou a situação para trazer os parceiros de rima do Nordeste, Diomedes Chinaski e Nego Gallo para também participarem ao vivo do RPA Vol. 3, tocado na íntegra junto com Terra Preta, Lay, DJ Roger P3 nas pickups e Guilherme Held na guitarra. O palco, criado pela Camila Schmidt, e as roupas da Cemfreio, foram uma atração à parte e deu um merecido tom distópico para a apresentação, que mostrou um Don L ainda mais seguro de si, um tiquinho assim mais psicodélico (graças aos novos arranjos e à guitarra do Held), e com uma gana absurda pela própria obra e suas consequências materiais (fez o Sesc inteiro cantar "Esse ano eu fico rico", segurando um copo de Hennessy) e artísticas.
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Larissa Zaidan e sua câmera acompanharam a rapaziada nos bastidores do show, que abriu o circuito de música ao vivo em São Paulo com chave de ouro.