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remake

Assista: transformando um banco de madeira num instrumento musical

Makers conseguiram bolar guitarras anárquicas e cheias de personalidade em nossa série inventada com a Petrobras.

A gente pode fazer música de tudo quanto é jeito. Batucando, assoviando, cantarolando ou descobrindo os ritmos de um novo instrumento, ainda que nada de maneira tradicional. O que faz essa roda girar é a curiosidade, a vontade de aprender e colocar o conhecimento em prática, com as próprias mãos. Músicos e makers têm isso em comum.

É por isso que música e cultura maker caminham lado a lado. No segundo episódio de Remake, série da VICE inventada com a Petrobras, mostramos como esse relacionamento funciona na prática. Mau Maker e Renato Moikano foram convidados para idealizar um novo projeto de guitarra, mas não do jeitão que estamos acostumados a ver todo dia.

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Rita Wu e os caras se juntaram e formaram um power trio capaz de tirar qualquer ideia maluca do papel. "Cada um contribuiu de um jeito, e a colaboração é um dos pilares mais importantes da cultura maker. Eu curto inventar e fazer um som, o Moika é luthier e Rita veio com a ideia da fita condutiva na guitarra. Enriquecemos o projeto com essa troca de conhecimento", explica Mau Maker.

De um lado, rolou a fabricação de uma guitarra totalmente inusitada, a partir de um banco de bar. "O que fiz foi reduzir a luthieria ao mínimo para esse projeto, respeitando apenas uma coisa: o tamanho da escala da guitarra. De resto, quis quebrar as regras mais convencionais da luthieiria. Foi aí que pensei no banco de madeira da minha casa, que eu usava para trabalhar em outras guitarras", diz Renato Moikano.

O banco tem história. Renato se mudou de Porto Alegre para São Paulo em 2010, na companhia do objeto. O assento, que se transformou no corpo da guitarra, tinha marcas e sinais naturais do tempo, detalhes que garantiram uma identidade visual única ao instrumento. "No final, a guitarra ficou com um som cheio de personalidade e força, só dela", explica.

E do outro lado, temos algo ainda mais curioso: uma anti-guitarra, sem elementos tradicionais, guiada pela condutividade elétrica. "A guitarra com a fita condutiva foi uma surpresa, na realidade. Eu esperava algo que pudéssemos controlar com a posição do braço. Mas o fato de ela ter saído do controle é que foi o mais legal, no fim das contas. Cada um que pegou a guitarra tocou ela de um jeito diferente", conta Mau.

O projeto levou em conta inúmeros elementos que caracterizam a cultura maker, que vai muito além da simples gambiarra. Nas duas guitarras apresentadas, dá para sacar que tecnologia, trabalho manual, criatividade, improviso e parceria são essenciais na hora de bolar uma invenção curiosa e funcional. Saca só o que rolou nesse encontro no vídeo acima.

Saiba mais sobre a iniciativa Jornada Pelo Conhecimento em www.jornadapeloconhecimento.com.br

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