A outra fronteira do México

Costuma-se partir do princípio que todas as pessoas que passam a fronteira EUA/México são mexicanas. Mas, na verdade, muitas delas vêm da América Central. E têm pela frente, a Norte, uma difícil viagem, geralmente feita a pé. Antes de chegarem aos EUA, têm de chegar ao México, o que por vezes é igualmente complicado (ou mesmo mais difícil ainda). Precisam de sobreviver ao rio Suchiate, à polícia, a um ou outro cartel de droga e até aos colegas de viagem. A maior parte deles são homens, mas há uma pequena percentagem de mulheres. Vivem na expectativa de serem violadas por, basicamente, qualquer pessoa. Muitas acabam mesmo a trabalhar como prostitutas em estados fronteiriços, de forma a poupar dinheiro para seguir viagem ou, pelo contrário, voltar para trás. É o caso da Yoana, uma jovem guatemalteca que conhecemos.