Assim como as famílias que moravam ali, o fotógrafo Eduardo Petrini não imaginou que aquele prédio no centro da cidade de São Paulo sofreria um incêndio seguido de desabamento. O caso trágico da ocupação que estarreceu o país e o mundo no último domingo (1º) mostrou mais uma vez como o direito constitucional de moradia para o cidadão, principalmente o mais pobre, ainda é uma piada.
Em 2014, Eduardo estudava fotografia no Senac, em São Paulo, quando teve a iniciativa de visitar a ocupação no Edifício Wilton Paes para fazer um ensaio documental. Quando chegou lá, conversou com alguns moradores e fotografou as crianças brincando dentro do edifício cheio de janelas de vidro quebradas. “Era um ambiente muito precário, com péssimas condições para se morar”, conta. “Mas, ao mesmo tempo, pra quem não tinha nada, aquele espaço acabava sendo o suficiente para não ficar na rua.”
Videos by VICE
A sensação que ele teve na época, diz, foi parecida com a do momento em que soube da tragédia: tristeza. “Moro perto da ocupação e, no dia, desde as duas da manhã já estava ouvindo o barulhos dos carros dos bombeiros. Era um cenário assustador, fiquei muito mal.”
Abaixo, mais fotos de como os dias eram na ocupação. Pra sacar mais cliques do Eduardo Petrini, dá um pulo no Instagram.
Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.