Todo mundo já teve um trabalho que não curtia muito. Junto de dar aula particular, ser babá e servir mesas, trabalhar em lojas de roupa é um dos clássicos do tipo. Vai ser difícil encontrar alguém que trabalhe como vendedor por ser apaixonado por isso ou uma pessoa que planeje trabalhar na mesma loja a vida inteira.
Da próxima vez que você estiver fazendo compras, olhe em volta e repare como alguns vendedores parecem putos da vida. O trabalho deles é ouvir merda, arrumar as coisas depois que as pessoas passam e ser simpático o tempo inteiro. E, mesmo que dobrar roupas eternamente fosse divertido, manter os provadores em ordem é bem menos legal. Especialmente quando as pessoas deixam coisas nojentas para trás, coisas que você não ia gostar de pegar nem com uma pinça, mas que precisa porque trabalha ali. Aqui vão algumas das histórias mais escrotas sobre provadores infernais.
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“Na verdade, sempre trabalho nos provadores, nunca no caixa, mas sei que os dois trabalhos têm seus inconvenientes. Preciso tomar cuidado para pegar as coisas. Incentivamos as pessoas a trazerem as peças experimentadas quando elas saem, mas não estamos sempre lá para conferir. Especialmente quando o lugar está movimentado, não temos tempo de limpar imediatamente as cabines depois de cada cliente. Uma vez, no final do expediente, peguei descuidadamente uma pilha de roupas. Felizmente, eram tantas roupas que só consegui pegar metade da pilha. Lá no meio, encontrei um absorvente usado com um monte de sangue seco. A ideia de quase ter encostado naquele negócio me dá vontade de vomitar. Pedi para um colega tirar o absorvente de lá com um saco de lixo.”
– Johanna
“Temos de limpar as cabines no final do dia, o que pode ser um puta saco. As pessoas são muito esquecidas. Acho muitas sacolas de compras, brilho labial e outras coisas assim. A pior coisa que encontrei foi uma camisinha vazia, mas claramente usada. E eu sabia que tinha sido certo casal, porque eu tinha limpado a cabine logo antes de eles entrarem. A pior parte é que eles esconderam a camisinha embaixo de uma peruca de um dos manequins. Não quero nem imaginar o que eles fizeram com a peruca.”
– Alex
“Gosto muito do meu trabalho na verdade. Conheço pessoas, e a maioria é gente muito legal. Mas tem sempre alguém que age como um animal: gente que mija e caga em qualquer lugar. Sério, conheço animais de estimação mais treinados do que certas pessoas que tornam meu trabalho muito mais difícil. Uma vez, dois garotos mijaram numa das cabines – os dois, como se fosse um banheiro público. As cabines são acarpetadas, o que só piorou a situação. Entramos em pânico porque o cheiro de urina podia passar para as outras cabines. Por sorte, tínhamos material de limpeza industrial. Aquele provador ficou fechado o resto do dia. Ninguém percebeu nada.”
– Sarah
“Nunca mais quero pensar nisso, mas as pessoas precisam saber que você não pode fazer uma coisa dessas. Uma tarde, achei uma sacola plástica no canto de uma cabine. Com os anos, fui ficando mais cuidadosa; então, não peguei a sacola logo de cara. Foi uma boa decisão. A sacola estava meia aberta e tinha um monte de cocô fedido dentro. E não era cocô de cachorro ou outro animal – era merda humana. Eu me livrei da coisa usando luvas e segurando com as pontas dos dedos. Fiquei com nojo o dia inteiro.”
– Isa
“Acho embalagens de absorvente interno nas cabines com frequência – já estou acostumado. Mas uma vez alguém esvaziou uma caixa inteira de absorventes no chão. O chão da cabine estava coberto de o.b.s. Tive de pegar um por um. Isso me deixou muito puto.”
– Caro
“Eu sei que as pessoas transam em parques, festivais e outros lugares públicos, mas não conheço ninguém que tenha realmente feito isso. Felizmente – ou, no meu caso, infelizmente –, tem sempre alguém que nada contra maré. Era o horário de pico da tarde de sábado, o que é sempre muito estressante. Eu estava trabalhando quando ouvi um gemido abafado. Eu estava no final do meu expediente e fiquei com medo de que uma idosa tivesse desmaiado; então, espiei pelo vão da porta e vi dois corpos se esfregando. Fiquei morrendo de vergonha, mas não interrompi. Eu só queria esquecer a coisa toda.”
– Jakob
“Uma vez, eu estava limpando o lado de fora das cabines. Comecei a juntar as etiquetas e os cabides do chão e acabei olhando por baixo da porta de uma cabine. Vi uma moça chupando o namorado lá dentro. Um negócio muito clichê, como nos filmes. Ela estava de joelhos, e ele estava sentado num banco. Derrubei tudo que estava carregando de susto. Ouvi barulhos dentro da cabine – eu os tinha interrompido. Corri para o depósito e me escondi ali para não ter de olhar a cara deles quando eles saíssem.”
– Ajsa
Tradução: Marina Schnoor