Games

Como é desenvolver jogos em diferentes regiões do Brasil

Essa é uma versão resumida e adaptada do conteúdo que você pode ouvir, na íntegra, na edição especial do Podcast Poligonal no player abaixo. Baixe também o arquivo com o programa aqui.

Desenvolver jogos eletrônicos estilo videogame está se tornando algo da hora de se fazer no Brasil e nunca antes se produziu tantos games por aqui. Saca só: entre 2016 e 2017, por exemplo, foram feitos 1718 games no país. A informação é do segundo Censo da Indústria Brasileira de Jogos Eletrônicos, divulgado agora em 2018. A pesquisa foi feita a pedido do Ministério da Cultura e, no geral, mostra que criar games por aqui é uma ideia que ganhou força.

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Em quatro anos, o número de estúdios brasileiros aumentou de 133 pra 375 e, atualmente, há mais de 2700 pessoas criando jogos, espalhados por quase todos os Estados do país. É gente pra caramba.

Via Censo da Indústria Brasileira de Jogos Eletrônicos.

Só que a gente sabe o quanto o Brasil é enorme e como cada região possui costumes e culturas bem diferentes umas das outras. Então, será que esses jogos são feitos da mesma forma em cada canto do país? Será que condições geográficas afetam o tipo de jogo que é feito, por exemplo, em Salvador, pra um que é feito em Porto Alegre?

Foi com essas perguntas na cabeça que a gente trocou uma ideia com diferentes desenvolvedores que estavam no BIG Festival 2018, um evento de jogos independentes que acontece em São Paulo e que costuma reunir game devs de todo o Brasil.

O papo rolou com pessoas que criam jogos em oito cidades diferentes do país: Porto Alegre, Campina Grande (Paraíba), Curitiba, Manaus, Florianópolis, Brasília, Salvador e São Paulo. A gente mostra aqui as particularidades em se criar games em cada uma delas.

Porto Alegre e seus estúdios de referência

Em Porto Alegre, é muito provável que te convidem pra jogar videogame tomando chimarrão. O famoso costume gaúcho é uma tradição que perdura até mesmo durante as diversões eletrônicas dos mais jovens.

Talvez seja por isso que a capital do Rio Grande do Sul possua uma das cenas de criação de jogos que mais fortes no país. É só lembrar nos últimos anos de games como Toren, do extinto estúdio Swordtale, e, mais recentemente, de Horizon Chase, da Aquiris Game Studios.

O game designer Felipe Dal Molin, que trabalha na Aquiris, diz que há em Porto Alegre um incentivo a artes e a cultura que propicia uma formação de desenvolvimento de jogos mais facilmente por lá. “O pessoal tem um foco maior em negócios, há um olhar no jogo como mercado mesmo”, disse o desenvolvedor.

Talvez isso justifique a presença de tantos estúdios que se tornaram referência em Porto Alegre. No passado esse papel era da Southlogic, uma desenvolvedora que chegou a ser comprada pela Ubisoft, em 2009, pra criar jogos pra empresa. Pena que ela foi fechada logo em seguida.

Agora é a vez da Aquiris ser um referencial pra criação de games local. O desenvolvedor Klos Cunha não chegou a trabalhar no estúdio, mas viu de perto a influência que a presença deles teve por lá. “Ter um estúdio como referência tira aquele mito de que não dá pra trabalhar com jogos e é importante desconstruir isso. Mas, ao mesmo tempo, é importante mostrar a realidade de como é trabalhar com jogos. Até hoje, pessoas perguntam se dá pra viver criando games e é legal ter estúdios de referência pra apresentar como exemplo.”

Aquiris Game Studios. Foto: Divulgação

Outros aspectos apontados por Klos e Dal Molin pra cena gaúcha ser tão produtiva é a presença da ADJogos, a Associação de Desenvolvedores de Jogos do Rio Grande do Sul, e os encontros do PAIN, a Porto Alegre Indie Games.

Tudo isso movimenta estudantes, desenvolvedores e entusiastas por lá a quererem criar mais e mais jogos, seja com projetos menores, feitos por uma só pessoa, como é o caso do jogo Roguemance, de Lucas Molina, passando por estúdios de média porte como a Epopéia e seu interessante jogo IIN até grandes empresas como a Aquiris.

Campina Grande: só jogos absurdos

Nos últimos anos, se aparecia um jogo paraibano que se destacava, ele estava sendo feito na cidade de Campina Grande. Exemplos são o jogo do Lampião Verde, que agora mudou o nome pra Sertão Profundo, e Massive Madness. Foi com os criadores desse último que a gente trocou uma ideia: o casal Dinart Filho e Rafaella Ryon.

No papo, o interessante foi perceber como a literatura de cordel, ainda bem presente por lá, influencia os games, principalmente por seus elementos lúdicos do absurdo e de aspectos fantásticos. “A base do jogo que a gente tá fazendo é o absurdo e o não-verbal, que é muito uma característica da gente lá [na Paraíba], porque a gente se comunica muito com imagens”, explica Dinart.

Em Massive Madness, o jogador passa mundos bem surreais e enfrenta criaturas tão esquisitas quanto fascinantes. “Também há muito de usar os arquétipos locais de cangaceiro e queremismo também, que é bem presenta na cultura da gente, tipo o homem que virou jumento e essas coisas”, diz Dinart.

Massive Madness. Foto: Reprodução

Um exemplo dessa característica paraibana pode ser visto no agora renomeado jogo Sertão Profundo, que possui todo um universo do fantástico e do absurdo que usa figuras populares da região como personagens. Além do próprio Lampião, há também o cangaceiro Volta Seca, a Mulher Rendeira, a cobra Jararaca e outros.

Por enquanto, a gente vai ter que esperar um pouco pra saber quais outros absurdos a Paraíba pode oferecer em relação a games. Tanto Sertão Profundo quanto Massive Madness só devem ser lançados em 2019.

Curitiba e as game jams

A cena de desenvolvimento de jogos em Curitiba tem como principal característica uma cultura bem forte em fazer game jams, aquelas maratonas em que pessoas criam games em dois ou três dias.

O principal evento de jogos por lá é a Global Game Jam, uma das maratonas de desenvolvimento de jogos mais importantes e que acontece ao mesmo tempo em várias sedes ao redor do mundo, sempre no começo do ano.

Aqui no Brasil algumas cidades realizam também a Global Game Jam, mas a de Curitiba é, de longe, a maior. Em 2018, por exemplo, participaram 560 pessoas, e não só estudantes como também desenvolvedores experientes. Eles criaram mais de cem jogos em 48 horas.

Global Game Jam, em Curitiba. Foto: Divulgação

O organizador da Global Game Jam em Curitiba é Bruno Campagnolo, que também é coordenador do curso de jogos na PUC-PR. Ele conta como são as game jams por lá.

“As nossas game jams não são pra um grupo homogêneo, só de estudantes, há também muitas pessoas com diversos tipo de experiência em jogos que participam. Então, a cultura de game jam faz com que essa galera se converse mais.”

Outro reflexo das game jams, um mais prático, está no certo polimento que muitos jogos curitibanos acabam apresentando. O jogo Wild Glory é um exemplo disso. Ele estava exposto durante o BIG Festival 2018, mas você não falaria que ele foi feito só por estudantes.

O programador do Wild Glory, Lucas Demo, tem apenas 19 anos, mas cria jogos desde os 12. Muitos desses jogos feitos em game jams. O garoto praticamente cresceu fazendo essas maratonas. A primeira game jam dele foi aos 13 anos e, desde então, não parou de participar. Atualmente fazendo o curso de jogos da PUC-PR, ele já tem um invejável currículo de 50 games.

“Eu costumo dizer que as Jams elas são experiências condensadas de se fazer um jogo. Se um projeto leva um, dois anos é muito importante você poder brincar de experimentar esse processo em dois dias, você passa por todas as etapas”, falou o estudante.

“Então, as Game Jams e essa cultura forte de game jams em Curitiba acaba forçando o pessoal a conhecer todas as partes o processo de desenvolver um jogo e isso é refletido na hora em que vc tá fazendo um projeto de verdade, de dois anos, e é só uma questão de você escalar aquilo que você aprendeu em 48 horas e mapear isso pra dois anos”.

Assim, é só uma questão de tempo até a gente poder ter em mãos mais jogos legais que estão saindo de Curitiba

Manaus: criação isolada

A capital do Amazonas tem uma ligação com área de videogames por causa da Zona Franca de Manaus. É lá que os consoles de videogame e as mídias físicas dos jogos vendidos no país são todos produzidos, desde os anos 90, com Super Nintendo e Mega Drive, até os dias de hoje, com PlayStation 4 e Xbox One. Mas somente agora os manauaras começaram a criar jogos.

É possível traçar o surgimento de um cenário de games mais expressivo em Manaus com a criação da Black River, em 2015, focada em games mobile, principalmente em realidade virtual. Logo o estúdio virou referência.

Equipe do estúdio Black River, em Manaus. Foto: Divulgação

Só que uma característica da empresa é ter a maioria de seus game designers, artistas e programadores vindos de outras partes do Brasil, um reflexo de cena ainda em formação em Manaus.

Uma dessas desenvolvedoras de fora que foi trabalhar por lá é a paulista Eliana Dib, a Eli, que ficou um ano e meio na Black River. Ela fala que o que mais a impressionou é o quanto as pessoas ficam isoladas quando vão pra Manaus.

“Você se isola da parte de desenvolvimento, de contato com desenvolvedores, porque Manaus é longe, é no meio da floresta de verdade. Tudo bem que dá pra conversar hoje com internet, mas falta lá a facilidade de contato com outras regiões. Pra ir pra Manaus são quatro horas de avião, por isso que é difícil levar desenvolvedores pra lá e até pessoas de lá irem pra eventos, trazer e levar coisas novas pra cena”, conta Eli.

Não pense que a Eli fala isso só porque não é de lá, os próprios desenvolvedores manauaras concordam que o isolamento geográfico da cidade atrapalha, como diz o game designer Luiz Gama, do estúdio Ludic. “Manaus, que é longe, não tem essa cultura [de desenvolvimento de jogos]. Tanto que a gente vem aqui pra São Paulo conhecer o pessoal é sempre bom.”

Mesmo com essa dificuldade, estão surgindo games interessantes por lá, como o Akane, da Ludic, um jogo de ação com inspirações em Akira e Ghost in the Shell.

A cidade, que por tantos anos só sabia fabricar videogames, agora está aprendendo a desenvolver jogos pra rodar neles, mesmo que apanhando por ser tão isolada.

A Florianópolis da Hoplon

Em Florianópolis surgiu uma desenvolvedora de jogos que, querendo ou não, marcou a indústria de videogames no país: A Hoplon. Fundada nos anos 2000, o estúdio ficou conhecido nacionalmente pelo MMO Taikodom, um projeto tão ambicioso que tinha tudo pra dar errado. E deu mesmo.

Apesar disso, a Hoplon foi fundamental pra que hoje exista um cenário de criação de games em Florianópolis e, a partir dela, foram surgindo estúdios com ex-funcionários de lá.

A Cat Nigiri, por exemplo, tem metade de seus integrantes vindos da Hoplon. Um deles é o artista Felipe Gal, mais conhecido como Frango. “Eu não sei se dá pra dizer que não existiria nada [de desenvolvimento de jogos em Florianópolis] sem a Hoplon, mas o estúdio certamente catalisou a cena.”

Também é possível perceber uma influência da Hoplon, essa mais indireta, nos tipos de jogos que estão surgindo em Florianópolis. Games como Necrosphere e Keen, da Cat Nigiri ou Griphon Knight, do estúdio Cyber Rhino, têm uma pegada indie e com escopo menor, porque são opostos aos projetos ambiciosos da Hoplon.

Frango fala que há, sim, essa influência, pelo menos em parte. “Os outros estúdios optam por criar jogos indies e menores pela limitação de grana, a gente não tem o dinheiro que a Hoplon tem pra fazer projetos tão grandes, mas um pouco é também por causa de um certo ranço de querer ver o jogo sair rápido, porque a Hoplon é conhecida por fazer games que não saem nunca. Então, o pessoal que sai de lá quer mais é fazer jogos menores lançar logo.”

Atualmente a Hoplon está desenvolvendo o MOBA com carros chamado Heavy Metal Machines, que está no Steam desde setembro. O estúdio continua influente em Floripa, mas agora outros estúdios como a Cat Nigiri, também estão chamando a atenção com seus jogos.

Assim, com erros aprendidos após a experiência da Hoplon, vai ser interessante acompanhar os jogos que os meninos e meninas da ilha podem criar daqui pra frente.

Brasília: a capital dos games

A capital do Brasil é, hoje, um dos principais lugares pra se criar games por aqui e a culpada disso é a Behold Studios, responsável por jogos como Knights of Pen and Paper e Chroma Squad.

“Logo depois que a gente fez o Knights [of Pen and Paper] e deu certo, a gente sentiu como isso impactou a cena local”, conta o diretor da Behold, Saulo Camarotti. “A partir de então, em 2013, 2014, houve um surgimento de estúdios [com jogos] autorais, pequenos e que tinha muito mais essa pegada indie.”

Depois do sucesso dos seus jogos, os integrantes da Behold, principalmente o diretor Saulo Camarotti, tomaram pra si a responsabilidade de transformar a região em um local da hora pra se fazer games.

Isso culminou na criação, em 2017, da Indie Warehouse — um galpão que serve como espaço compartilhado de trabalho pra vários estúdios de videogame. A gente já falou da Indie Warehouse aqui no Waypoint.

O lugar se tornou uma referência nacional pra games, onde são realizados game jams, cursos voltados pra criação de jogos e encontro entre desenvolvedores.

Indie Warehouse em Brasília. Foto: Divulgação

Só que Brasília também possui um aspecto próprio, que não se percebe logo de cara, e que afeta a forma como jogos são feitos por lá. Por ser a capital do país, a cidade abriga as sedes do poder executivo, legislativa e judiciário, além de outras dezenas de órgão públicos. Logo, boa parte da população de Brasília é formada por gente que trabalha nesses lugares e tem empregos direta ou indiretamente relacionados a isso. Quem não segue essa carreira como, por exemplo, criadores de jogos, acabam sendo bem pressionados e até desestimulados por familiares e amigos.

Por causa disso, o game designer Leonardo Batelli, um dos criadores do jogo Alkymia, chega a comparar a cena de desenvolvimento que há hoje em Brasília com o movimento de bandas de rock dos anos 80 que nasceram na cidade.

“Os filhos querem fazer uma coisa diferente dos pais. Pode ser suas próprias empresas, pode ser alguma coisa cultural e agora não é mais a música, agora são os jogos, que é a cultura do momento. Então [criar jogos em Brasília] é uma forma de expressão dos mais jovens.”

Essa característica e a existência de um lugar como a Indie Warehouse resulta em jogos com grande potencial, como No Place for Bravery, Kriophobia e Alkymia, além de uma reputação que todos admiram no resto do país, quase como um selo made in Brasília de qualidade.

Salvador: baianiedade nos jogos

Criar jogos em Salvador significa, de alguma forma, se conectar com a cultura da região. Exemplos são o jogo de aventura e survival no sertão chamado Árida e o game de ação Guerreiros Folclóricos, apelidado de “God of War brasileiro”, por abordar mitos e lendas locais.

Games com elementos culturais parece ser o que caracteriza a produção de jogos na Bahia. Mas por quê?

A resposta pode estar nos editais que o governo da Bahia realiza, por meio da Secretaria de Cultura do Estado, e que aceitam também jogos eletrônicos, uma prática que existe por lá muito antes de surgirem iniciativas como o edital de games da Ancine.

“O que eu acho que o edital influencia um pouco na temática [dos jogos], os desenvolvedores acabam exercitando a questão de destacar elementos que são facilmente identificáveis da cultura baiana e brasileira”, respondeu Tharcísio Vaz, um dos criadores de Breu, um jogo que não tem gráficos.

Criar jogos com temáticas culturais parece clichê e, infelizmente, pode afastar muitos jogadores que já tem preconceito com games nacionais. Seria, então, a principal característica dos jogos baianos também sua maior limitação pra conquistar outros públicos?

Não pra Lígia Ogawa, consultora de comunicação que ajuda alguns estúdios indies de Salvador. “Eu não vejo como uma limitação porque, por exemplo, a gente joga sobre samurais, deuses nórdicos e acha totalmente normal. Então, a gente já tá na hora de mostrar um Brasil que possui ícones que podem transgredir essas barreiras culturais em um mundo globalizado. Se eu posso jogar com um samurai, saber o nome de um deus de um País Baixo, por que não posso saber o nome de um ícone cultural baiano, paulista ou amazonense?”

Guerreiros Folclóricos. Foto: Divulgação

Árida e Guerreiros Folclóricos são apostas de games baianos com uma qualidade de produção acima da média e que ainda mantem o valor cultural da região. O desejo dos game devs é que esses jogos chamem a atenção pro que está sendo produzido por lá e, assim, levar essa cultura baiana em forma de jogos eletrônicos pra mais lugares do país e do mundo.

São Paulo: empreendedorismo gamer

Em São Paulo, o que mais tem é gente criando jogos. De acordo com o segundo censo da indústria brasileira de games, São Paulo é a região com maior número de estúdios de desenvolvimento de jogos no país, são 118, muitos deles na capital.

Um aspecto de São Paulo que influencia muito como se cria jogos por lá é a cidade ser o centro econômico do pais, com muitas empresas e multinacionais em cada esquina. Isso gera uma cultura de startup e empreendedorismo pra quem quer fazer games.

BIG Festival em São Paulo. Foto: Divulgação

A gente trocou uma ideia sobre isso com a game designer Maíra Testa, que trabalha na Tapps Games, um estúdio que cria jogos free-to-play mobile e é um dos maiores estúdios de São Paulo, com mais de 150 funcionários:

“Eu percebo que existe uma mentalidade de que pra fazer jogos em São Paulo você tem que ter uma empresa. Quando eu falo com estudantes [de jogos] eles não tão pensando em fazer jogos indies, eles estão pensando em abrir uma empresa e fazer um jogo. Isso parece uma visão muito paulista de fazer as coisas e caracteriza um pouco a cena de São Paulo, o que eu não acho ruim, é bom ter esse espirito empreendedor pra indústria como um todo, mas com certeza isso é uma característica paulista.”

Criar game em São Paulo significa também oportunidades maiores nas áreas de advergames e serious games, aqueles jogos de simulação especificamente voltados pra empresas. Ao trocar uma ideia com o desenvolvedor Luiz Tashiro, isso se mostrou bem real. Tashiro é direito tanto da Mad Mimic quanto da Gixel.

A Mad Mimic é o estúdio que criou o premiado jogo No Heroes Here, e está desenvolvendo o novo jogo da Turma da Mõnica, chamado Mônica e a Guarda dos Coelhos. Já a Gixel é um estúdio-irmão voltado pra produção de jogos pra clientes, normalmente empresas.

“Quando a gente começa a focar mais nos advergames ou projetos de jogos pra empresas, aqui [em São Paulo] tem um diferencial, por que boa parte das sedes das empresas estão aqui. Quando você quer buscar investimentos e parcerias, São Paulo é a melhor cidade pra fazer isso, tanto que a gente fechou uma parceria de investimento pro nosso próximo jogo graças ao relacionamento e proximidade com empresas que a gente tem aqui na cidade e isso tem ajudado muito a gente dar os próximos passos no crescimento da empresa.”

Por causa da força econômica e também cultural de São Paulo, a cidade acaba sendo também relevante pro mercado de criação de jogos no país. Ainda assim, ela divide esse protagonismo com outros locais, como Brasília e Porto Alegre.


Diferentes cidades, com diferentes ambientes e costumes, mas uma vontade semelhante em criar jogos.

Infelizmente a gente não conseguiu trocar uma ideia com pessoas de Fortaleza e Rio de Janeiro, por exemplo, que também possuem uma cena de criação de games bem expressiva, mas já por esse papo com desenvolvedores gaúchos, paulista e manauaras é possível notar as peculiaridades de se fazer jogos em diferentes lugares do país.


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Leia mais sobre diversões eletrônicas e esports no Waypoint.
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