Na segunda-feira, o The Intercept publicou documento que detalhava esforços russos para hackear a infraestrutura de votação dos EUA, bem como organizações governamentais do país. No mesmo dia, o Departamento de Justiça anunciou a prisão de uma mulher suspeita de vazar informação confidencial para um veículo de notícias. Diversos veículos publicaram que os fatos estavam interligados.
Reality Leigh Winner, de 25 anos, foi identificada como a suspeita. Ao que tudo indica, ela e terceiros deram mancadas tais como usar computadores do trabalho e publicar documentos com informações que os identificavam. Com os documentos do processo em mãos, podemos descobrir onde tudo deu errado.
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DOCUMENTOS FÍSICOS POSSUEM METADADOS TAMBÉM
Quando se fala em metadados, provavelmente se pensa em quem mandou um email e quando ou quem foi o autor de um documento no Word. O porém é que documentos físicos também tem metadados.
Neste caso, o The Intercept deu uma cópia de um documento escaneado para a NSA, que, por sua vez, percebeu que o documento havia sido “dobrado e/ou marcado”, sugerindo que alguém havia o imprimido, a julgar por declarações.
Dali em diante, os investigadores verificaram quem havia imprimido este documento recentemente, surgindo aí o nome de Winner entre alguns outros. Como apontado por algumas outras pessoas, o arquivo publicado pelo site jornalístico era uma versão escaneada de um documento físico, incluindo uma série de pontos que possivelmente todas as impressoras adicionam aos seus impressos, uma espécie de marca d’água física que revela quando os documentos foram impressos.
Leia mais na reportagem de Motherboard.