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Como tratar uma bartender, segundo uma bartender

Este conteúdo é um oferecimento do whiskey Jameson.

Não parece complicado entender o que é preciso para ter uma noite alegre e revigorante à mesa de um bar. Mas só quem trabalha atrás balcão conhece o lado mais exigente dessa interação. Afinal, são os bartenders que respondem pela reputação da casa. Um ou outro drink executado incorretamente repercute mais do que uma dezena de preparos indefectíveis. Então, cabe ao cliente entender a responsabilidade, o corre-corre dos turnos assumidos pela galera do bar, e tratar esses profissionais com o devido respeito. Nada de seguir um código de etiqueta. É só não ser mala. Ninguém gosta de ser mala, gosta?

“Já tive clientes me chamando por aquele assovio, quando você coloca a mão na boca, sabe? Aquele alto pra caramba?!”, queixa-se Alice Guedes, do Guarita Bar, no bairro de Pinheiros, em São Paulo.. E enquanto alguns engraçadinhos ainda fazem a diferenciação entre “barman” e “barwoman”, a Alice, nossa consultora de noção aqui, prefere que a chamem de “bartender”, mesmo, por não indicar gênero. “É um termo que serve tanto pra mulher como pra homem”, justifica.

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A Alice veio parar nessa casualmente, mas se apaixonou logo à primeira vista. Ela era do teatro e acabou deixando o Rio para trabalhar num pub em São Paulo. “Lá eu vi uma menina dando conta sozinha de um bar. Achei tão incrível como ela conseguia fazer tudo aquilo que, assim que voltei ao Rio, fiz um curso e não parei mais”, relata. Antes do Guarita, ela já passou por lugares como o Meza Bar, o Brigite’s Bistrô e o argentino Florería Atlântico, tido com um dos 50 melhores bares do mundo pelo júri da revista Drinks International.

Alice em ação. Foto: Felipe Larozza/VICE

Uma das coisas que ela acha mais sem propósito em todos esses anos atuando na área é a insistência que as pessoas têm de classificar os coquetéis entre “drink de mulher” e “drink de homem”, por considerar que isso não passa de um mito. “Esse clichê vem tanto de quem trabalha na área como da parte dos clientes. Não existe mais isso, é um fato, e já vi muitas gafes acontecerem por causa de um comentário desse.” Então é isso, não dê gafe. E não seja aquela pessoa que grita no bar, achando que só tem você para ser atendido. Outra dica: não cruze a fronteira. Não enfie a mão por baixo do balcão para pegar gelo… com a mão!

Isso vale também para as guarnições. “Deixamos algumas guarnições em cima do balcão. Às vezes dentro de copos ou potes”, conta Alice. “E alguns clientes amam pegar e devolver pro lugar. Só que não pode colocar de volta!”, enfatiza. “Uma vez um cliente pegou uma coqueteleira minha do balcão e perguntou se era o copo e se ele podia pegar. Ele meio que já saiu pegando, já, enquanto perguntava.”

Em alguns casos parece haver gente que vai no bar para chupar gelo, e não apreciar a experiência sensorial que um drink pode oferecer: “Em certos restaurantes fazemos o nosso gelo. Um trampo louco!”, descreve Alice. “Tem que fazer o bloco, serrar, e depois ir lapidando um a um. Aí certa vez um cliente de uma casa onde trabalhei veio com o gelo translúcido, lindo, esculpido à mão, e pediu pra colocar mais gelo naquele drink porque só tinha um”, exclama ela como uma artista em defesa de sua obra.

No mais, a Alice convida a todos pra beber um drink lá no Guarita. Só não vai ficar pedindo chorinho ou tentando ganhar bebida grátis, beleza?

A nosso pedido, a bartender Alice Guedes fez um drink com whisky Jameson:

Foto: Felipe Larozza/VICE

Coloque a quantidade de um copo com gelo inteiros na coqueteleira.

Adicione:

  • 60 ml Jameson
  • 50 ml suco de laranja Bahia
  • 30 ml de mix de limões
  • 10 ml xarope de camomila

Misture, despeje no copo e acrescente a tônica.

A guarnição foi criada com folha de limoeiro, pimenta rosa e anis estrelado.

Para mais matérias como esta visite o site feito pela VICE em parceria com Jameson.