Geralmente esse lance de fazer música junto sempre acaba dando alguma treta, desgastando a relação, ou bloqueando a criatividade dos membros, principalmente quando a banda já está há um tempão na ativa. E a dupla de french house Air, formada pelo Nicolas Godin e pelo Jean-Benoît Dunckel, não está isenta dessa crise nos seus vinte anos de carreira. Pelo menos, foi o que o Nicolas disse há um tempo atrás, quando se mostrou desanimado com os tours que, segundo ele, pareciam todos a mesma coisa. E como uma válvula de escape da monotonia criativa, o cara lançou seu primeiro álbum solo, Contrepoint, assinado pela label Because Music. Mas não se desesperem, o Air não acabou.
Influenciado pela melodia impecável do pianista canadense Glenn Gould tocando Bach, cada uma das 8 faixas do disco foi inspirada em uma das peças do compositor alemão. Contrepoint, o novo trampo do cara marca a sua volta para o mundo da música clássica, sem abandonar sua sensibilidade pelo pop e toda a bagagem musical de quem já enveredou por gêneros como o jazz e o rock. Em um release, Godin explica melhor o porquê de ter produzido o álbum solo: “Nós não estávamos nos surpreendendo mais, como acontece com outras bandas com dez anos de existência ou mais. O maior desafio para um artista é ter sua razão de ser, porque tem um monte de discos sendo lançados por aí. Eu fiz uma declaração pelo futuro do Air em que deixei clara a minha vontade de voltar para o mundo da música clássica, para crescer musicalmente, para me renovar como músico.”
Videos by VICE
Ouça Contrepoint, o disco que renovou musicalmente o Nicolas Godin:
O Nicolas Godin está no Facebook // Soundcloud // Twitter
