Ela acarinha, ampara e sofre. Ela mata, encanta e é dona do seu nariz. Ela é fogo, chuva e abre horizontes. Ela faz rir, eleva os sonhos e a inteligência. Ela é sexy, feia, cristalina e amiga de momentos lacrimejantes. Ela é passado, presente e o amanhã com mais mulheres nos centros de decisão.
Elas e os seus personagens têm o mundo e os ecrãs a seus pés (umas mais que outras). Alguns filmes e séries aqui citados podem estar longe de fazer parte da melhor colheita do ano, mas a actuação delas – que aparecem por ordem de preferência – compensa esse facto.
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Eis as “Mulheres Fatais” (inclusive uma adolescente e uma transexual) que tornaram 2019 num lugar aprazível de se estar.
“ She may be the beauty or the beast, May be the famine or the feast, May turn each day into a heaven or a hell, She may be the mirror of my dreams”
(Versos incluídos em “She”, single lançado em 1974 por Charles Aznavour e adaptada por Elvis Costello para a banda sonora de Nothing Hill, há vinte anos)
27. ARCHIE PANJABI
Cognome: A protectora.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Next of Kin / Parentes Próximos (RTP2).
O que aprendemos com o personagem: Quando a família passa por uma tempestade impossível de prever (o irmão é assassinado e o sobrinho suspeito de terrorismo), é imperioso que haja alguém sereno a colar os cacos.
A performance merece esta canção: “Protection” – Massive Attack.
País: Inglaterra.
26. KATHRYN HAHN
Cognome: A erótica.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Mrs. Fletcher (HBO).
O que aprendemos com o personagem: A crise existencial deve ser aproveitada para redescobrir desejos adormecidos.
A performance merece esta canção: “Justify my love” – Madonna.
País: EUA.
25. MARKETTA TIKKANEN
Cognome: A inquilina.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Bordertown / A Fronteira (RTP2).
O que aprendemos com o personagem: Quando alugas um apartamento, nunca é demais obteres informações sobre o senhorio (e o anterior residente).
A performance merece esta canção: “Be careful what you wish for” – Lispector.
País: Finlândia.
24. JULIA SCHLAEPFER
Cognome: A assessora beta.
Série onde brilhou aos nossos olhos: The Politician (Netflix).
O que aprendemos com o personagem: Ser namorada e conselheira de um obcecado é incompatível. Mas, quando a admiração fala mais alto…
A performance merece esta canção: “The things you said” – Depeche Mode.
País: EUA.
23. REGINA KING
Cognome: Mascarada para investigar.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Watchmen (HBO).
O que aprendemos com o personagem: Os super-heróis devem estar a par dos seus antepassados. Os genes fazem toda a diferença.
A performance merece esta canção: “All along the watchtower” – The Jimi Hendrix Experience.
País: EUA.
22. RUBY O. FEE
Cognome: A “tasty isco”.
Filme onde brilhou aos nossos olhos: Polar (Netflix).
O que aprendemos com o personagem: A astúcia de um ex- professional killer não está imune a um rabo de saia. É pinar e ter um picador de gelo, perdão, uma arma, a centímetros da zona caliente.
A performance merece esta canção: “Dangerous woman” – Ariana Grande.
País: Alemanha/Costa Rica.
21. ZHAO TAO
Cognome: A esforçada.
Filme onde brilhou aos nossos olhos: Ash is Purest White / As Cinzas Brancas Mais Puras (estreou nas salas portuguesas em Fevereiro último).
O que aprendemos com o personagem: Até que ponto vale a pena hipotecar os sentimentos por um gangster?
A performance merece esta canção: “Country mile” – Camera Obscura.
País: China.
20. MERRITT WEVER
Cognome: A meticulosa.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Unbelievable (Netflix).
O que aprendemos com o personagem: Numa investigação criminal que lida com violação e abuso sexual, é crucial ouvir atentamente as vítimas.
A performance merece esta canção: “The sweet harmony” – The Beloved.
País: EUA.
19. REESE WITHERSPOON
Cognome: O furacão.
Série onde brilhou aos nossos olhos: The Morning Show (Apple TV+).
O que aprendemos com o personagem: Ser novo numa equipa não significa que tem de ser “mais um no rebanho”. Há que ter voz própria, muita fome de mostrar o que vale e, se for preciso, ir contra os acomodados.
A performance merece esta canção: “Hungry heart” – Bruce Springsteen.
País: EUA.
18. HUNTER SHAFER
Cognome: A iludida.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Euphoria (HBO).
O que aprendemos com o personagem: Trocar diversas mensagens com alguém que se desconhece e depois ir ao seu encontro, comporta vários perigos. O melhor é ficar pelo sexting.
A performance merece esta canção: “Bad idea” – Girl in Red.
País: EUA.
17. SOUHEILA YACOUB
Cognome: A pontapeada.
Filme onde brilhou aos nossos olhos: Climax (Estreou nas salas portuguesas em Fevereiro).
O que aprendemos com o personagem: Nem todas as festas são recomendáveis para quem está grávida. Quando a “coisa” aquece, é bazar o quanto antes.
A performance merece esta canção: “Baby don’t cry” – INXS.
País: Bélgica/Tunisina.
16. MIKAELA LUPU
Cognome: A sedutora.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Teorias da Conspiração (RTP1).
O que aprendemos com o personagem: Há body language que não engana. Devia haver uma lei para “multar” excesso de beleza num escritório.
A performance merece esta canção: “Big time sensuality” – Björk
País: Portugal/Moldávia.
15. KEIRA KNIGHTLEY
Cognome: A boa samaritana.
Filme onde brilhou aos nossos olhos: Official Secrets / Segredos Oficiais (Estreou no cinema, em Portugal, em Setembro).
O que aprendemos com o personagem: Há razões para denunciar material confidencial. A forma suja para justificar (e apoiar) o início de uma guerra, é claramente uma delas.
A performance merece esta canção: “Give peace a chance” – John Lennon.
País: Inglaterra.
14. JODIE COMER
Cognome: Inimigo público nº1.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Killing Eve (HBO).
O que aprendemos com o personagem: Quem é que não gostaria de morrer às mãos desta assassina 25% funny, 30% sexy e 45% psicopata?
A performance merece esta canção: “Psycho killer” – Talking Heads.
País: Inglaterra.
13. EVA MELANDER
Cognome: A surpreendida.
Filme onde brilhou aos nossos olhos: Border/ Gräns/ Na Fronteira (estreou no nosso país em Março).
O que aprendemos com o personagem: A descoberta do amor chega quando menos esperamos. Como vai o teu olfacto?
A performance merece esta canção: “Love is a stranger” – Eurythmics.
País: Suécia.
12. MAISIE WILLIAMS
Cognome: A salvadora.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Game of Thrones (AMC e HBO).
O que aprendemos com o personagem: Não há nada ou ninguém imbatível (nem o apavorante The Night King).
A performance merece esta canção: “Fight like a brave” – Red Hot Chili Peppers.
País: Inglaterra.
11. MARIE-ANGE CASTA
Cognome: A amante (dadas às artes).
Filme onde brilhou aos nossos olhos: Lo Spietato/ O Implacável (Netflix).
O que aprendemos com o personagem: Achas mesmo viável manter um relacionamento com alguém pouco sensível aos teus gostos?
A performance merece esta canção: “You can make me feel bad” – Peter Broderick & Friends.
País: França.
10. EMMA MACKEY
Cognome: A sorumbática.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Sex Education (Netflix).
O que aprendemos com o personagem: As personalidades com traço forte têm um coração à espera de ser (delicadamente) partido.
A performance merece esta canção: “The hardest thing in the world” – The Stone Roses.
País: França/Inglaterra.
09. BRANKA KATIĆ
Cognome: A obstinada.
Série onde brilhou aos nossos olhos: The Paper / Novine (Netflix).
O que aprendemos com o personagem: O jornalismo deve cingir-se aos factos e à verdade. Doa a quem doer – patrão incluído.
A performance merece esta canção: “The news” – Jack Johnson.
País: Sérvia/Croácia.
08. LINA EL ARABI
Cognome: A benjamin.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Philharmonia / A Orquestra (RTP 2).
O que aprendemos com o personagem: A carência de afecto maternal pode levar a atitudes loucas. Cuidado com o que bebes.
A performance merece esta canção: “ So young” – Suede.
País: França.
07. SYDNEY SWEENEY
Cognome: The Girl Next Door.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Euphoria (HBO).
O que aprendemos com o personagem: Ter auto-estima é um passo importante para um relacionamento saudável… e, já agora, evita mandar nudes.
A performance merece esta canção: “Chiquitita” – First Aid Kit.
País: EUA.
06. PRIAH FERGUSON
Cognome: The funny nerd.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Stranger Things (Netflix).
O que aprendemos com o personagem: Às vezes, só a pequenada é que nos faz rir com os seus bitates. Há dias em que deve ser bossy e comandar as operações.
A performance merece esta canção: “Everybody wants to be famous” – Superorganism.
País: EUA.
05. SCARLETT JOHANSSON
Cognome: A ofuscada.
Filme onde brilhou aos nossos olhos: Marriage Story (Netflix).
O que aprendemos com o personagem: Um casamento depende de vários factores para resultar. No limite do desentendimento, o divórcio é o único caminho a seguir (sem que isso signifique que o respeito mútuo tenha acabado).
A performance merece esta canção: “Don’t know how to keep loving you” – Julia Jacklin.
País: EUA/Dinamarca.
04. PHOEBE WALLER-BRIDGE
Cognome: A desbocada.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Fleabag (Amazon).
O que aprendemos com o personagem: Se uma ateia sentir fascínio por um padre, isso atalha a sua crença em Deus? Se este último for abençoado com sentido de humor, quem sabe…
A performance merece esta canção: “Pray to God” – Calvin Harris feat. Haim.
País: Inglaterra.
03. ERIN DOHERTY
Cognome: A atrevida.
Série onde brilhou aos nossos olhos: The Crown (Netflix).
O que aprendemos com o personagem: Tomar decisões fora da caixa ou expressar o que realmente vai dentro de ti, pode ser nocivo ou melhorar o mundo à tua volta. É uma questão de acreditar que o segundo sai em vantagem.
A performance merece esta canção: “Brave” – Sara Bareilles.
País: Inglaterra.
02. BARBIE FERREIRA
Cognome: Online teaser.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Euphoria (HBO).
O que aprendemos com o personagem: Os desejos mais recônditos estão a um click de serem realizados. Haja audácia para cumpri-los e solitários kinky à espera de verem os seus fetiches concretizados.
A performance merece esta canção: “Mysterious ways” – U2.
País: EUA/Brasil.
01. FLORENCE PUGH
Cognome: A determinada.
Série onde brilhou aos nossos olhos: Little Drummer Girl (AMC).
O que aprendemos com o personagem: Fazer parte de missões de risco é um sacrifício que pede coragem e nervos de aço a qualquer infiltrado. Ter um big crush pelo “professor” também ajuda.
A performance merece esta canção: “Sacrifice” – Sinéad O’Connor.
País: Inglaterra.
“Mulher Fatal” em 2018: Ester Espósito ( Elite/Neftlix).
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