Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #102

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #102

E aeeeeeeeee, amizade.

Pois muito que bem, estamos de volta aos trabalhinhos, dando início a safra 2019 de lançamentos. Vamo torcer pra esse ano ter mais coisa que preste. A frase de 2019 é: “vamos torcer” — se não rolar é porque você não só não torceu, como também zicou tudo. Então vamos torcer.

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Como tamo no rítmo de voltar das férias, tá todo mundo lentinho ainda, tanto eu aqui quanto nossos queridos artistas, que não lançaram tanta coisa assim nessa semana. Mas o que tem já dá pra fazer uma graça. Já deve ter material aqui pra você começar sua playlist 2019.

É isso gente. Vem comigo nessa aventura.

—-AS MELHORES DE 2019—-

Radiohead – “Ill Wind”

É o Radiohead pós- In Rainbows que duvido muito que haja alguém aqui que não manje qual que é a do Radiohead pós- In Rainbows. Mas enfim, ainda me ganha essas melodia quase que loungezinho com o vocal do Thom Yorke. Mas é esquema manjado, todo mundo sabe.

The Chemical Brothers – “MAH”

Tá aí um negócio que eu fico curioso em saber como que bate na nova geração, porque pra mim bateu um saudosismo do EDM dedinho pro alto de PASTILHADO do início da década passada, de ouvir no Lov.e ou no AMPGalaxy. E olha que eu nem ia pra esses lugares. Porque era muito de boy, se não fosse tão de boy eu iria. Mas era 100% essa onda no som, da batida aos timbres a todo o resto. Top.

Meat Puppets – “Nine Pins”

Eita, ó aí quem voltou. Pior que tá legal esse som aí meio que country-americana porém, de alguma forma, indiezinho velha guarda. Vale a audição porque tá boa mesmo.

Jards Macalé – “Trevas”

Cara, é uma música nova Jards Macalé que até poderia enganar como uma música antiga do Jards Macalé. E isso tá longe de ser uma crítica, muitíssimo pelo contrário. O que tem de diferente dos tempos de outrora é que o som dos instrumentos tá mais limpinho, porque deve ter sido gravado numa mesa dessas das mais modernas. De resto é a mesma doideira de antes. Bota um jóia aqui .

—-OUTRAS DE 2019 QUE TAMBÉM MERECEM ALGUM DESTAQUE—-

Simone & Simaria (& Ludmilla) – “Qualidade de Vida”

Arrochinha feminejo que umas hora faz uma batidinha funk porque tá a Ludmilla lá. Nada de especial, mas dá pra enfiar na playlist de carnaval porque é bom fazer uma playlist longa pra cobrir um longo período de tempo sem repetir música. Então é isso, boazinha quebra galho.

Sharon Van Etten – “Seventeen”

Indiezinho que ok, é bom, tá aí o indiezinho, mas nada de grandes coisa também. Mas, vá lá, boazinha.

Lana Del Rey – “Hope is a dangerous thing for a woman like me to have – but i have it”

Faixa piano-voz bonitinha, até porque a voz da Lana é bonitinha, mas nossa senhora como é longa. Uma hora eu num tava aguentando mais. Tirando isso tudo ok, é boa de dar um soninho também, então acho meio arriscado ouvir enquanto dirige.

Deerhunter – “Plains”

Sei lá viu, esses indiezinho aí não me desperta mais nada. Tá bonitinho e tal, timbre de piano cheião legal, mas chamar a atenção mesmo não chamou. Mas boazinha sim.

Guided By Voices – “The Rally Boys”

É o som indie velho de sempre do Guided By Voices. Não tá dos melhores rock de indie velho deles, mas quebra um galhinho caso precise. Aí vai de gosto.

Angelo De Augustine – Tomb

O disco anterior dele, Swim Inside The Moon, eu tinha gostado tanto que botei até na lista de melhores de 2017. Se quiser pode ir lá ver se tá ou não. Mas enfim, esse novo disco tá beeeeeeem abaixo do anterior. Não que esteja ruim — não tá. Mas, putz, fica aquele pensamento de “ele já fez melhor hein” e isso acaba prejudicando a #experiência. Aliás é folk, mezzo Elliott Smith, vocal praticamente sussurrado mas bem bonitinho de tar ouvindo. Mas indico mais o outro disco e tal… mas o outro disco não é lançamento.

Dream Theater – “Fall Into The Light”

Sinceramente, nem achei de todo mal, dava pra entrar numa playlist “As mais razoáveis do DT”. Aí no meião entra aquele solo FAROFAS IN THE DARK, mas depois fica aceitável de novo. Na melhor das hipóteses é DT do início da década passada. Mas ok a nível de metal progzinho.

Big K.R.I.T. – TDT

Disco de raps que até que começa bem, mas despenca total do meio em diante. Então tem coisas bem legais como “Pick Yourself Up” com batida meio oitentista, ao mesmo tempo que tem umas desgraça como “Higher (King Pt. 6)” genérico de tudo. Na média geral fica um disco razoável, mas recomendo só ouvir as cinco primeiras faixas. Depois parte pra outra.

—-MÚSICAS DE 2019 QUE NÃO ROLOU NÃO—-

Mercury Rev & Norah Jones – “Okolona River Bottom Band”

Como que pode, cara… Alguém (talvez você), vai ver que o Mercury Rev lançou uma música com a Norah Jones e “uau foda hein deve tar loucão”. Daí quando vai ouvir, ouve ISSO. A melhor coisa que consigo pensar pra descrever a música é um EDM-dedinho-pro-alto SEM a parte do dedinho pro alto. É uma imensa introdução que parece que vai crescer mas não cresce não, nem muda muito, fica no mesmo vai-não-vai por 4 minutos. Não é bom não.

Gloria Groove – “Coisa Boa”

Imagino que quem se interesse mesmo já tenha ouvido a música. Achei okzinha. Uma tentativa de fazer um pop-funk em cima do 150 BPM que rolou mais ou menos. Faltou empolgação nesses vocais aí pra tar de acordo com uma batida acelerada dessa. A produção também achei meio fraquinha. Na próxima com certeza vai dar certo, essa não rolou.

Beirut – “Landslide”

Ah, quem gosta de Beirut vai gostar dessa. Eu pessoalmente ouvi e achei “nhéééééééé”. Tá bem manjado o esquema de #construção #melódica deles, que vai adicionando os instrumentos aos pouquinhos e tal. Pelo menos não tem ukulele ou naipe de metais. Mas é som bem medianinho.

Toda semana, o guerreiro brasileiro Rica Pancita seleciona a nata dos lançamentos do universo pop para a playlist só com o ouro fonográfico no Sexta Lançamentos por Rica Pancita.

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