Investigações do menino do Acre apontam ação de publicidade

Em meados de abril de 2017, a internet brasileira disseminou o caso de Bruno Borges, também conhecido como “O menino do Acre”. Bruno, 24 anos e estudante de Psicologia, desapareceu em 27 de março e seu paradeiro encontra-se desconhecido. O caso chamou atenção pelas façanhas documentadas em livros, escritos na parede e a estátua do filósofo Giordano Bruno deixados no quarto de Bruno e viralizou.

Antes mesmo do desfecho desse caso, a Polícia Civil investiga que todo o reboliço do desaparecimento e as teorias conspiratórias por trás deste caso se trata nada mais que uma jogada de marketing.

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Durante a investigação, o departamento de Inteligência da Civil encontrou um documento firmado no dia do desaparecimento de Bruno, no Primeiro Tabelionato de Notas em Rio Branco, capital acriana. O registro denominado como “Contrato de Sociedade no Projeto Enzo com o Lançamento de 14 Obras”, atesta um acordo firmado entre Borges e seu amigo Marcelo de Souza Ferreira, como informa o jornal O Estado de São de Paulo.

Os 14 livros manuscritos deixados por Bruno seriam parte do lançamento do ‘Projeto Enzo’, que garante 15% do faturamento para Marcelo Ferreira, Eduardo Borges e 5% para Márcio Gaiote, segundo o documento. O delegado do caso, Alcino Júnior, aponta que há indícios do “afastamento voluntário” de Bruno para resultar na publicidade da publicação dos livros.

A Civil realizou buscas nas casas dos amigos de Bruno. Marcelo foi detido por falso testemunho, por ter declarado não saber de nada quando começaram as investigações. Foram expedidos mandados judiciais para identificar o paradeiro de Bruno e as investigações continuam em busca de informações que possam provar que foi um plano bolado pelo estudante, como informa o portal G1.

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