As florestas do norte da Guatemala são um dos habitats mais biodiversos ao norte da Amazônia. No entanto, esse bioma, um dos últimos refúgios de espécimes como onças-pintadas, antas e araras-vermelhas, está sendo destruído de forma sistemática.
Um grande número de fatores contribui para o desmatamento na região, mas, ao contrário de outros, o crescente impacto ambiental do tráfico de drogas pode ser mensurado. Traficantes de drogas dominaram a região, tomaram terras e derrubaram árvores para construir pistas de pouso e fazendas usadas para lavagem de dinheiro. O narco-desmatamento, como a prática é conhecida, é um problema muito antigo, mas a epidemia de opiáceos que atualmente aflige o continente americano está piorando — e muito — a situação.
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Embora essa relação ainda não tenha sido tema de estudos, dados de organizações pró-conservação, agências de controle de drogas e pesquisas do campo da saúde indicam que nosso vício em analgésicos está acelerando a destruição desse precioso ecossistema.
Nos EUA, o crescimento do vício em medicamentos como o OxyContin vem abrindo as portas para o tráfico de heroína, cuja composição química é quase idêntica a de opiáceos vendidos em farmácias. A heroína costuma ser mais barata do que remédios de tarja preta, além de mais potente e de fácil acesso.
Com o crescimento da demanda por heroína no território norte-americano, os cartéis da América Central e do Sul têm ainda mais motivos para desmatar as florestas tropicais de seus países. Estatísticas mostram que o desmatamento está crescendo de forma proporcional ao aumento da procura por heroína.
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