Desde 2007, a Cidade do México é o único lugar do país onde a interrupção voluntária da gravidez é legal até 12 semanas de gestação. Portanto, mulheres de todas as partes do México viajam quilômetros para poderem ter o acesso a um aborto seguro. Mulheres como Brenda, de 32 anos, que precisou viajar mais de 290 quilômetros para fazer o procedimento. Junto com a repórter Maite Solano, Brenda encontra Sofía, da organização Fundo María, que a acompanhará durante o procedimento.
A Fundo María é uma organização que fornece apoio financeiro e emocional a milhares de mulheres mexicanas que desejam ter acesso ao aborto legal. Em contraponto ao Fundo Maria, a repórter Maite conhece também o trabalho de grupos antiaborto que prestam apoio à mulher, porém tentando a convencer de prosseguir com a gestação.
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Segundo a renomada feminista Marta Lamas, entrevistada neste episódio, entendemos as reivindicações feministas pelo aborto seguro no país, que levou a legalização do procedimento da Cidade do México. Em resposta à vitória das mulheres, segundo Lamas, houve uma união entre grupos conservadores mexicanos e também um aumento na criminalização da mulher, mesmo em casos de abortos espontâneos. No lado oposto, Maite entrevista também Jorge Serrano Limón, do Comitê Nacional Provida, um conhecido militante anti-aborto católico, que lidera os protestos virulentos contra o acesso ao aborto seguro.
Ainda neste episódio, a repórter aborda também outras questões do direito ao corpo e reprodutivo das mulheres, acompanhando uma mulher na cidade de Tabasco que carrega uma gravidez de aluguel, além de participar de aulas sobre o orgasmo feminino e a auto-exploração do corpo organizado por mulheres feministas.
O que está por trás do debate do aborto seguro? A quem pertence o corpo e útero das mulheres? Entenda a luta feminista e seus percalços neste episódio de Explorer Investigation. Ao longo de 14 episódios da série nós visitamos México, EUA, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia, Brasil e Venezuela para documentar os problemas e conflitos sociais que mais afetam a região, como migração, meio ambiente, regulamentação de drogas, violência, intolerância e direitos humanos.
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