São Paulo amanheceu nesta sexta (30) parecendo que tinha passado pelo Holi, aquele festival das cores hindu. Isso porque a estátua do Borba Gato, em Santo Amaro, e o Monumento às Bandeiras, o deixa que eu empurro ao lado do Ibirapuera, apareceram manchados de tinta. A equipe de limpeza da Prefeitura, desde cedo, estava na funça tirando o colorido das enormes estátuas e a VICE Brasil colou nos locais e presenciou a perícia da Polícia Civil analisando o colorido. Entre as tintas, cascas de ovo marcaram presença, o que sugere que o arremesso dos ovos pode ter sido feito para colorir os monumentos da cidade.
O Monumento às Bandeiras, obra de Victor Brecheret, foi entregue em 1954, como presente de aniversário de 400 anos da cidade, e a estátua de Borba Gato, do escultor Júlio Guerra em 1963, faz referência ao bandeirante paulista Manuel de Borba Gato. A galera acha tudo feio mesmo e sabe que esses são símbolos das conquistas de território através de matança, estupro e captura de indígenas para mão de obra escrava.
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Os manifestos, por sua vez, surgiram logo após o debate político entre os candidatos à prefeitura da cidade, o último enfrentamento antes das eleições municipais que acontecem no próximo dia 2 de outubro. Se você viu o debate, tá ligado que os candidatos Marta Suplicy (PMDB) e João Dória (PSDB) falaram suas propostas para combater a pixação e o vandalismo no governo municipal. Os autores do banho de tinta — que não é um pixo — não foram identificados.
João Dória disse que a cidade “está à beira do abandono, maltratada” e que a “zeladoria da cidade é inexistente” e questionou a senadora Marta Suplicy sobre qual a proposta da pmdbista sobre pixações e vandalismo. “Isso não pode ser permitido na cidade”, disse Marta, lembrando a diferença entre pixações e grafite ao dizer que ela foi a primeira prefeita que deu atenção à manifestação artística da história de São Paulo. “Mas vandalismo, não, não vamos permitir.”
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Diferentemente do que foi noticiado por alguns veículos nesta sexta, é bom lembrar que os monumentos estavam manchados de tinta rosa, verde e amarela e não pixados ao estilo paulistano como o que foi amplamente noticiado pela imprensa dava a entender.