Era 1939, o clima era tenso no mundo com a Segunda Guerra Mundial; no Brasil, embora não estivéssemos no centro do conflito, o Estado Novo de Getúlio Vargas conduzia o país com mão de ferro e com ideologias mais próximas do Terceiro Reich Alemão do que das potências democráticas e União Soviética.
O mundo estava desse jeito quando o Cargueiro SS Minden zarpou da América do Sul, muito provavelmente do Brasil, em 6 de setembro de 1939, cinco dias após o início da guerra global. Seria só mais um navio a zarpar do território brasileiro rumo à Europa, não fosse um pequeno detalhe: acredita-se que havia quatro toneladas de ouro a bordo da embarcação.
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Segundo o tablóide britânico The Sun, funcionários do Banco Germânico — filial brasileira do banco alemão Dresdner — tiveram participação no carregamento do navio. Ainda segundo a publicação, a Advanced Marine Services, empresa inglesa especializada em resgatar tesouros marinhos, encontrou o destino final da embarcação no mar da Islândia há poucos dias.
Ao que parece, os ingleses queriam manter a descoberta em segredo, mas o navio da companhia acabou chamando atenção das autoridades islandesas. De acordo com as notícias divulgadas até então, a embarcação privada ficou parada por cinco dias no mesmo ponto. Ao ser questionada, a tripulação inglesa teria relatado que havia resgatado mercadorias preciosas.
Caso a notícia seja confirmada, é um achado e tanto. Na última vez que se teve notícias do Minden, quase oitenta anos atrás, ele naufragava há 200 quilômetros da costa islandesa quando o capitão do navio decidiu colocá-lo no fundo do mar para que a carga não fosse capturada pela marinha dos Aliados.
Segundo a estimativa feita pelo jornal USA Today, o valor do ouro que acompanha a embarcação pode chegar a US$ 130 milhões. Ainda assim, ninguém sabe com quem ficará a bolada. De acordo com declaração de Bjorn Thorlaksson, o porta-voz da Advanced Marine Services, ao jornal alemão Bild, “mais de uma instituição está envolvida no caso e ainda não se sabe quando a licença poderá ser concedida”.
Até o fechamento deste texto o governo islandês ainda não havia divulgado nenhuma informação quanto a quem teria direito sobre o tesouro.
Procuradas pelo Motherboard Brasil, a Guarda Costeira Islandesa e a Advanced Marine Services não se manifestaram sobre o naufrágio.
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