O sabre de luz como arte marcial

O tão esperado Guerra nas Estrelas: O Despertar da Força estreou no último final de semana e, durante o frenesi jedi, ressurgiu uma tendência que pode ser interessante para os fãs de luta: o interesse em treinos com sabre de luz.

É sério, pô.

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Lutas organizadas de sabres de luz já ocorrem há pelo menos uma década. Saber Wars, uma comunidade internacional de combatentes e coreógrafos, surgiu no final de 2005 e, até onde sabemos, tem ganhado cada vez mais força – e seriedade – nos últimos anos.

Por mais que as aplicações reais de uma arma imaginária na vida real sejam discutíveis – e bem chatas se você tentasse aplicar à vida real como disse o instrutor de kendo, Cristopher Salet, em um artigo de 2014 da Popular Mechanics – uma série de especialistas em combate cenográfico, esgrimistas e artistas marciais se dedicam à espada laser.

Alguns resolvem focar no estilo e ensinar seus Padawans a coreografarem e executarem passos pré-planejados diante do público. Outros tentam misturar o fantástico e o prático de forma a criar arte performática com raízes nas artes marciais. Já os mais corajosos tentam desenvolver o combate com sabres de luz enquanto esporte legítimo.

Abaixo mais informações sobre algumas das mais populares, prolíficas e intrigantes escolas do estilo.

Golden Gate Knights

Sediada na Itália (com a promessa de academias afiliadas pelo mundo em breve), a Ludosport possivelmente é a escola mais organizada, séria e voltada ao combate no ramo dos sabres de luz. “O combate com sabres de luz é uma disciplina inteiramente nova, ainda que em um sentido esportivo”, afirma seu site oficial. “Pode ser chamada de ‘arte marcial’ no sente etimológico de ‘arte de Marte (o deus romano da guerra)’”. Os membros fundadores da escola têm experiência com aikido, judô, jiu-jitsu, kempo, karatê, savate e esgrima medieval, mas deixam claro que o LudoSport é quase que inteiramente derivado de Guerra nas Estrelas e textos relacionados.

Ao abordar e desenvolver o combate com sabres de luz enquanto esporte contando com 7 estilos, e 10 regras, a Ludosport oferece Rankings Internacionais e competições oficiais. Eles até tem seus próprios sabres de luz (“Não se trata de um brinquedo ou colecionável”), uniformes e equipamento de proteção.

New York Jedi

A velha guarda da comunidade de combates com sabre de luz, os New York Jedi, “um grupo de pessoas e professores que compartilham técnicas de artes marciais e combate cenográfico voltadas para sabres de luz de forma a criar combates cenográficos por diversão”, surgiu em 2005. Eles também são os fundadores da Saber Wars, rede mundial de praticantes do combate com sabres de luz para fins de combate cenográfico ou treino de artes marciais.

Por mais que haja um quê de artes marciais no treino dos New York Jedi, está claro que seu foco mesmo é a coreografia.

The Saber Authority

O primeiro centro de treinamento de sabres de luz de Singapura surgiu em 2014 com a proposta de misturar funcionalidade e fantasia, com ênfase claro no primeiro.

“Quando se trata de duelos com sabres, não acreditamos em estilos fictícios ou combate de mentirinha”, consta na visão postada em seu site. “Também não acreditamos em aprender técnicas que não possam ser usadas na vida real ou em situação de autodefesa. Por que gastar seu tempo aprendendo algo que não lhe ajudará em nada?”.

Com base em uma série de “artes marciais asiáticas” não-especificadas, as aulas da Saber Authority baseiam-se em ataques básicos e jogo de pernas, com aulas mais avançadas incluindo estratégia, ataques combinados, combate à curta distância e luta com sabre duplo. Eles são tão sérios que tem até seu próprio ranking.

Terra Prime Lightsaber Academy

A Terra Prime, com base em Ann Arbor, Michigan, oferece aulas em uma academia local e também pela internet, disponibilizando material gratuitamente em seu site e grupo no Facebook para aspirantes a duelistas em todo o mundo. Com foco na “excelência técnica e educacional”, a TPLA surgiu em 2012 com a missão de “usar sabres de luz de LED enquanto análogo de armas para artes marciais históricas em contexto moderno e relevante, de forma a divulgar estas artes marciais e conhecimento para gerações futuras, preservando as técnicas desenvolvidas por gerações passadas”.

Seus seminários parecem um misto de treinamento em técnicas de combate, cosplay e nerdismo sem limites.

Tradução: Thiago “Índio” Silva