Música

O japonês Quarta330 mistura chiptune e footwork em seu novo EP

O produtor de Tóquio Quarta330 lançou na última terça (24) a faixa “Digital Lotus Flower”, de seu EP Pixelated que foi lançado hoje pela Hyperdub. Misturando seu usual som chiptune com um footwork gravão, a faixa coloca rica precisão técnica e elegância moderada e temperamental lado a lado.

Antes do lançamento do EP, o THUMP gringo conversou com o produtor sobre o relacionamento entre seu trabalho diário e sua música. A troca de e-mails foi traduzida por Yutaka Nakashima.

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THUMP: Chipitune sempre tem sido uma parte consistente de sua prática artística por alguns anos. O que te atrai nesse som?

Quarta330: Eu tenho usado o Gameboy para produzir por muitos anos, mas não sinto nenhuma nostalgia ao usá-lo. Ele me atrai puramente como um instrumento. Parece uma prática ascética, ir percebendo por tentativa e erro quanta criatividade você pode colocar na música dentro das restrições do chiptune, como seu som, sua polifonia e o poder de processamento da CPU. Também acho que o maior atrativo do chiptune é que ele pronuncia as características do artista através de seus sons.

Muitas vezes você emprega o chiptune em contextos – dubstep ou footwork, por exemplo – onde ele ainda não tem uma grande presença. Isso é intencional, ou é apenas uma coincidência que tenha acontecido dessa forma?

Eu acho que é uma combinação de ambos. Eu descobri UK Garage por volta de 2000 e desde então tenho sido atraído por faixas ou batidas que têm várias camadas. Dubstep, footwork, dub e jungle me atraem por razões semelhantes.

Como foi o processo de produção do Pixelated? Havia alguma coisa em particular que você queria que o EP comunicasse?

Eu não estava pensando em gênero quando fiz esse EP. Eu coloquei um monte de coisas que eu amo e também coisas sobre mim em Pixelated. É provavelmente por isso que EP demorou tanto tempo pra ser lançado.

Eu fiz todas as faixas no Ableton Live. Não usei sintetizadores especiais, apenas sintetizadores de software que podem ser baixados de graça. Alguns sons de Gameboy e Commodore 64 também foram usados. Nada especial.

Seu trabalho diário é em uma empresa de eletrônicos. Isso tem um efeito sobre a forma como você faz música?

Sim, exatamente. Eu tenho trabalhado na loja de sintetizadores Five G em Harajuku Tóquio por muitos anos, e desde o ano passado eu também trabalho na Elektron Music Machines. Eu realmente amo sintetizadores. É difícil de expressar, mas me dá muita emoção e entusiasmo trabalhar com eles de perto.

Ouça o EP abaixo ou no Spotify.

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