“Ao ouvir pela primeira vez ‘Freakavoid!’, entrei na viagem espacial dos sintetizadores e dos ritmos progressivos dos Melquiades. Surgiu logo a ideia de fazer algo surreal e pictórico devido às melodias e variações que acontecem durante a música. A narrativa repete-se em quatro universos paralelos e conta a história de um homicídio, repleto de cor e de acções cómicas sem sentido, de modo a amenizar a carga dramática da morte e do ‘despacho’ dos corpos. A música transmitiu-me logo uma imagem com cores vibrantes e nesse aspecto a tinta tem um papel principal na narrativa, simbolizando um sangue pictórico e a linha de união de todos os universos retratados”.
As palavras são de Henrique Guerreiro, realizador do teledisco (que podes ver acima) para o tema retirado de Oyster Eggs, primeiro EP dos Melquiades, que desde o lançamento em Setembro tem levado a banda lisboeta a vários palcos do País e lhes valeu a convocatória para o MIL 2019, onde vão estrear um concerto com projecções a cargo de Rute Soares. Por essa altura (finais de Março), também já deveremos poder ouvir músicas novas, já que o quarteto tem prevista a gravação do álbum de estreia precisamente para o próximo ano.
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Por agora, o universo criativo de António Agostinho, João Nascimento (quartoquarto, Niki Moss, Ornitorrinco), Luis Lucena (quartoquarto) e Diogo Sousa (quartoquarto, Moullinex) está perfeitamente espelhado neste “Freakavoid!” de cores berrantes, ritmos complexos e viagens entre o post-rock mais lúdico, o math-rock dançável e laivos de sonoridades quase tropicais. É psicadélico, é pop, é épico, é divertido, é uma banda a interligar caminhos com fluidez, inventividade, frescura e surrealismo. Tudo em pouco mais de três minutos? É obra.
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