Fala, nobreza.
Chegou a coluna de lançamentos musicais mais tchubaruba da internet mundial. Hoje com um texto introdutório menor, porque minha criatividade está indo pro ralo. Faz parte, é da condição humana, mas até aí duvido muito que você tenha clicado pra ler introdução. Resenha é arte, introdução faz parte. E é nóis.
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Aliás, lembrei. A dica que não é lançamento: saiu uma coletânea de Damon & Naomi, dois dos maiores CARÁTERES da ceninha indie. Chama In the 21st Century. Tá aí a dica. Faz favor de ir atrás.
De resto, como diria o tuiteiro, SEGUE O FIO:
—-AS MUITO TOP DA SEMANA—-
Cardi B & Bruno Mars – “Please Me”
Baita som. Pop-R&B com aquela sonoridade mais pro 1980-90 do 24k Magic. Melhor dueto desde Elis & Tom. Tudo perfeito. Top.
Weyes Blood – “Everyday”
Ótimo alt-folk com pézinho bem de leve nos 60’s. Melodia muito da gostosa de tar ouvindo, dura 5 minutos e cê nem sente. Topzera.
—-AS MENOS TOP MAS AINDA ASSIM BOAS DA SEMANA—-
BaianaSystem – O Futuro Não Demora
Fui ouvir com boas expectativas, porém… O disco em si é bom, bem descolex, mas tá um grande caldeirão cultural latino americano com batida eletrônica que ok, longe de mim falar que perde individualidade, mas fica uma trilha de bar modernão que serve drink no pote de vidro ou desfile de moda. Mundos cujo o qual eu não tenho nada a ver. Ganha diversidade na mesma medida que ganha no “já ouvi algo assim antes”. Bom, mas eu já tó véio, já ouvi muita coisa na vida e essa aqui não bateu muito não. Mas cês é jovem, então dá pra curtir.
Ladytron – Ladytron
Disco bom, mas que pega mais no saudosismo mesmo, porque não tem nenhuma faixa de grandes destaques não. Sendo que é uma banda que surgiu no saudosismo 80’s do electro. É o saudosismo do saudosismo. Enfim, é uma grande juntadão de novos sons que se estivessem no Witching Hour talvez você pularia a faixa. Mas enfim, um electro não vai de todo mal pro momento não. Bonzinho.
Molejo – “Vem No Movimento”
Pagode baiano muito do gostosinho. Se eles tivessem lançado isso um pouco mais cedo (tipo uns 15 anos mais cedo) até que poderia ser um possível hit de Carnaval. Agora tá muito em cima. Eu gostei.
Moso Calibration – “Bakuage Banzai!!”
Deve interessar uns cinco leitores no máximo, mas sempre que eu acho um j-pop bom eu vou botar aqui na lista pra informar esses cinco leitores. Ó aí galera, achei um. Tô ligado que tá difícil de encontrar, então tá aí. Pra imensa maioria, a parcela da população que não dá a mínima pra j-pop, eu nem tenho muito o que falar não, segue o jogo.
Dead Fish – “Sem Remédio”
Bom HC. Enfim, é isso aí que tenho pra falar só. Valeu.
The Claypool Lennon Delirium – “Amethyst Realm”
Hoje o mundo tá muito dinâmico, muito rapidão pra conseguir focar em prog rock. Na metade final da música eu nem lembrava mais como que era o começo. Parece bom. Os cara são bom. Eu nem lembro mais.
Matmos – “Plastic Anniversary”
Gosto muito quando o Matmos faz o que eu chamo de “música de estalinho”. Aí também adicionou uns metais pra deixar a música mais tchans. Vem coisa boa aí, tô gostando do que tá vindo.
Dona Onete – “Festa do Tubarão”
Som de carnaval muito do maneiro. Tem uma produção claramente moderninha, mas bem de leve também, nada que incomode os mais tradicionalistas (eu). Batida maneira, guitarrinha segurando, metais indo bem também, tudo certo. Boa.
—-AS MEDIANA BEM MEDIANA DA SEMANA—-
Criolo – “Etérea”
Porra de bossa lounge. Ó… OPINIÃO MINHA SÓ, ok. Humildemente. Longe de mim falar o que os artistas devem ou não fazer. Mas assim…. Bossa lounge não dá. Ou parte totalmente pra música brasileira, ou parte totalmente pro EDM, esse meio termo, esse LIMBO do bossa lounge não rola mesmo. A música em si é ok pois é muito bem feita, bem produzida etc e tal. Mas tem tudo isso aí que eu falei também.
Thiaguinho – “Domingando”
Um bom pagode, bem acima do que ele tava apresentando no último ano, mas ainda não o suficiente para conquistar o coração do sambista. Curtinha mas pelo menos não incomoda.
Foals – “On The Luna”
Indiezinho que ok, tá aí o indiezinho pra quem tá nessa ainda. Som dançantezinho pra festa indie e é só isso aí mesmo que eu tenho a falar sobre a faixa. Nada de grandes destaques.
Millencolin – SOS
Disco bem qualquer nota. Não que seja ruim, até que dá pra ouvir de boa, mas é um HC sem nenhuma criatividade, só no máximo do senso comum, e os cara tão claramente cansado de tudo já. Fizeram o possível pra entregar algo bom, aí o que conseguiu foi esse disco mesmo. O importante é tentar. Okzinho o disco.
—-AS FRAQUINHA DA SEMANA—-
Avril Lavigne – Head Above Water
Os discos que eu ouço pra escrever aqui, a grande maioria eu vou ouvindo no computer — minimizo o player e vô fazendo outras coisas da vida. Às vezes dá a impressão de “nossa, tô ouvindo esse disco a tanto tempo, ele não vai acabar não?”. E eu juro que tive esse pensamento ouvindo o disco da Avril e fui ver onde que tava… tava na metade da terceira música (são 12 no total). Talvez tenha sido os 10 minutos mais longos da minha vida. Mas ok, eu não tenho o menor cuidado com a minha sanidade então eu vou até o fim com esse disco. Boa parte dos sons soa como vertentes pioradas de “I’m With You”. A vertente mais pra cima, a mais dramática, a acústica, mas todas piores. Somado a isso, tem a faixa com Nicki Minaj que não rolou também. Fraco fraco.
John Legend – “Preach”
Baladinha pop que é fraca de tudo. É daqueles que vai tocar na rádio e cê nem vai sentir. Batida, melodia e vocal igual a um monte de música que você já ouviu e esqueceu que ouviu.
Alicia Keys – “Raise A Man”
Uma música de longos 6m14s que simplesmente não vai. É uma grande introdução pra algo que não existe. E a base de piano fica repetindo e repetindo e repetindo e repetindo. Num é legal não.
Toda semana, o guerreiro brasileiro Rica Pancita seleciona a nata dos lançamentos do universo pop para a playlist só com o ouro fonográfico no Sexta Lançamentos por Rica Pancita.
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