O skatista Marcos “Suco” foi morto a tiros em posto na ZL de São Paulo

“Skate não é crime”, pregava uma campanha dos anos 1970 nos Estados Unidos, retomada pela revista Overall no Brasil no começo dos 90. Mas, em pleno século 21 e à beira da estreia nas Olimpíadas, o esporte segue mal compreendido e alvo do preconceito de uma parcela intolerante da sociedade. O skatista Marcos Tonioli de Farias, o “Suco”, pagou com a vida os efeitos desta truculência no último sábado (3), na Zona Leste de São Paulo. Ele andava de skate num posto de gasolina desativado no bairro de Água Rasa, acompanhado de amigos, e acabou morto a tiros, segundo testemunhas, pelo segurança Francisco Paulo dos Santos.

Quem não deve, teme? O segurança Francisco Paulo dos Santos segue foragido. (Reprodução/Facebook)

De acordo com relatos de uma fonte que pediu o anonimato, o segurança do estabelecimento vizinho, o Auto Posto Oiti, teria reclamado do barulho e partido para cima de Marcos, que, por sua vez, teria se desculpado e concordado em deixar o local. Ainda segundo relatos, o segurança ficou enfurecido porque Marcos subiu no skate e atravessou o local sobre o carrinho na hora de ir embora, o que o segurança interpretou como uma afronta. Francisco apanhou uma barra de ferro e cercou o skatista. Os colegas correram em seu socorro. Em desvantagem, Francisco, que se encontra foragido desde o ocorrido, puxou uma arma e disparou dois tiros nas costas de Suco.

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Socorrido pela polícia e os bombeiros, ele morreu no hospital. Os disparos atingiram de raspão também o jovem Vinícius Massaro de Gouveia, que escapou com vida. A polícia no momento analisa as imagens das câmeras de segurança do posto, e o caso segue sob investigação no 56º Distrito Policial da Vila Alpina. O enterro de Marcos Tonioli acontece nesta segunda (5), no Cemitério da Vila Alpina, a partir das 14h.

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