Quando os europeus chegaram às margens da floresta amazônica, acreditavam estar diante de paisagem intocada pelo homem. Não era verdade. Um abrangente estudo das espécies de árvores amazônicas no periódico Science revelou, há poucos dias, que as árvores domesticadas – isto é, mantidas e usadas – por indígenas já dominavam grande parte do ambiente antes de 1492.
Infelizmente, o presidente do Brasil, Michel Temer, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, estão considerando uma proposta que pode botar em risco essa riqueza histórica. Eles cogitam encerrar a proteção de mais de um milhão de hectares da floresta. Se aprovada, a medida botará em risco muitas árvores que coexistem há séculos com humanos da região.
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Trata-se de uma mudança brusca de projeto. Conforme noticiado pelo site Amazônia Real, a ex-presidente Dilma Rousseff criou, em 11 de maio de 2016, cinco unidades de conservação (UC) no Amazonas. Temer agora discute reduzir quatro delas. A diminuição da área protegida seria de 1,772 milhão de hectares, de um total de 2,695 milhões. Essas áreas protegidas, dizem os ambientalistas, sofrem forte pressão da grilagem de terra, desmatamento e agronegócio.
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