2019 foi optimista e estranho.
Greta Thunberg foi o dínamo na luta contra as alterações climáticas e, ao seu lado, viu-se o envolvimento de muitos da sua geração. A contrastar, a perplexidade de não existir uma certeza inequívoca de que António Costa e Marcelo desconheciam o embuste que constituiu a devolução das armas no caso Tancos, à data dos factos – 18 Outubro de 2017.
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A comédia fez-se em grande estilo com Fleabag. Já a tragicomédia pertence a Trump, devido a um telefonema para o leste da Europa que devia levar à sua destituição efectiva (já aqui o apelidamos de “boneca ucraniana”). Agora, só faltava acicatar o ambiente no Médio Oriente com o assassinato do “nº2” do Irão, o general “ bad guy” Soleimani.
No futebol, o Liverpool é a fina flor dentro dos relvados. Entre nós, além da maior parte dos jogos serem soporíferos e do fosso entre “grandes” e restantes equipas aumentar, parece que é mais “mão no pescoço de sócios”, “murros no adversário” e adeptos a abusar de tochas e petardos (Punições? Talvez, quando as competições estiverem de férias…). As instituições que deviam regular a modalidade têm receio de se impor, ou masturbam-se no Canal 11. O circo continua.
Na política, o PAN deu exemplo de alta gama – tendo sido, nas legislativas, o terceiro mais votado na emigração – e foram eleitos novos partidos para a Assembleia da República. No reverso da moeda, temos uma mixórdia de laços familiares no Conselho de Ministros e gabinetes ministeriais; foi notícia as “golas anti-fumo” para alegadamente fazer render a t$ta do Estado; os serviços públicos ficaram mais depauperados devido à estratégia “superavit” de Centeno (o “Luís de Matos das finanças” e não “Ronaldo”, como escreve José Diogo Quintela, esta semana, no Observador); sendo o empenho faz-de-conta de António Costa contra a corrupção a cereja no topo do bolo estragado.
E o que dizer do cinismo presente na mensagem de Natal gravada num estabelecimento do Serviço Nacional da Saúde? Depois das cativações do último mandato, ver o primeiro-ministro preocupado com o SNS é de deixar os doentes mais doentes e o staff clínico desmotivado, a cogitar a saída para o privado ou a aumentar a fila dos que partem lá para fora.
A “Obscenidade 2019” é atribuída às respostas pouco convincentes dadas por Vítor Constâncio e Joe Berardo nas comissões parlamentares; e ainda o refresh que José Sócrates deu à sua defesa ao lembrar-se do “cofre da mãe”. Sim, é normal que exclames “olha que três!”.
O balanço continua mais abaixo com Triple L e um bónus de duas dezenas de tópicos.
BOM 2020 com os desejos de muita saúde cultural!
TRIPLE L. Os 10+ nas Séries, nos Filmes e nos Discos (álbuns)
SÉRIE
01. FLEABAG (TEMPORADA 2; AMAZON PRIME VIDEO)
A melhor série de humor neste milénio depois do magnífico The Office, de Ricky Gervais e Stephant Merchant. A autora Phoebe Waller-Bridge (e argumentista de Killing Eve) é igualmente a protagonista de um enredo indicado para famílias disfuncionais e ateus com um desejo invulgar por prazeres carnais. Não te preocupes, o bar lascivo está aberto aos católicos. Ámen.
02. CHERNOBYL (HBO)
O início do fim da União Soviética acelerou com este acidente nuclear, entre 25 e 26 de Abril de 1986. Uma catástrofe que, pelos vistos, aconteceria mais tarde ou mais cedo… É difícil de entender o nível de amadorismo e ingenuidade de quem devia assegurar as condições de segurança deste reactor. A retrospectiva é (dura e) brutal.
03. KILLING EVE (T1; HBO)
Uma é loira. A outra morena. A primeira assassina uns quantos. A outra defende o bem. Num encontro numa casa de banho, nasce uma obsessão recíproca a roçar a paixão. É na antinomia (e no humor em ponto de rebuçado) que está o ganho.
04. EUPHORIA (HBO)
O músico Drake é o produtor-executivo da série onde a solidão juvenil encontra a dose certa de exaltação. A adolescência é “glamorizada” por mensagens electrónicas, fetiches online, dealers porreiraços, adultos aparentemente respeitáveis e a normalização da transexualidade (que quase não dás por ela).
05. SEX EDUCATION (NETFLIX)
Os primeiros passos na sexualidade podem ser confusos e embaraçosos. Dá jeito ter um conselheiro credível, desde que não seja um teenager a dissipar as dúvidas. Ou não é bem assim? Esta “educação” é descontraída, divertida e a ocasião ideal para dares um descanso ao porn hub. (A segunda temporada chega a 17 de Janeiro)
06. UNBELIEVABLE (NETFLIX)
Há duas séries que contam como a verdade vem à tona anos mais tarde: When They See Us e Unbelievable, ambas inspiradas em eventos reais. Nesta última, o início acontece quando está em causa uma presumível vítima de violação sexual e o depoimento correspondente prestado às autoridades. Segue as pistas da pressão, chantagem e credibilidade.
07. THE CROWN (T3; NETFLIX)
Um elenco diferente que – apesar de ter em Olivia Colman uma rainha Elizabete II bastante aceitável – tem em Josh O’Connor (Príncipe Charles) e Erin Doherty (Princesa Ana) as figuras de maior destaque. É pena que o actual escândalo à volta do Príncipe André – e a sua amizade com um famoso pedófilo – ainda demore a chegar ao guião.
08. TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO (RTP1/RTP PLAY)
O “Mecanismo” português explica como a grande corrupção se infiltra nas mais altas instâncias da sociedade. Quem não acredita na sua existência, deve lançar um livro escrito por outro, pedir a um amigo que compre todos os exemplares desse manuscrito e experimentar ter uma namorada que diga carinhosamente: “buraco és tu!”.
09. STRANGER THINGS (T3; NETFLIX)
Os miúdos estão ligeiramente crescidos e o monstro precisa de amigos. A Rússia entra de vez no roteiro, o centro comercial está na moda e os pequenos ganham outra desenvoltura no capítulo do romance. Este entretenimento desenhado a régua e esquadro nunca desaponta.
10. PHILLARMONIA/A ORQUESTRA (AMC, RTP2)
A nova maestrina chega motivada para liderar a orquestra parisiense e, para marcar território, muda hábitos, dá preferência a alguns músicos, mas não evita obstáculos e gente hostil. Contudo, o perigo chega de onde menos espera. Haja batuta para tanto mistério.
Séries no topo da VICE Portugal em anos transactos: Sara (RTP2; 2018); The Crown (Netflix; 2017).
FILME
01. GRÄNS/BORDER/NA FRONTEIRA, ALI ABBASI
Há obras de arte que se distinguem por nos deixarem perturbados e estranhamente envolvidos. Border é uma improvável história de amor passada na Suécia, com cenas pitorescas, perversas e um ficcionismo que deixa o espectador incrédulo.
02. PARASITE/PARASITAS, BOON JOON-HO
Thriller coreano que serve de sátira à divisão entre pobres e ricos, entre privilegiados e os que “ficam para trás”. Esta fábula que mostra, de alguma maneira, o lado negro do capitalismo, alterna passagens cómicas com outras mais tensas e revela que ter uma ambição desmedida pode ter o seu preço.
03. THE MARRIAGE STORY, NOAH BAUMBACH
Um poderoso folhetim sobre o divórcio que, nos diálogos mais intensos, parece uma mistura entre a escrita de Aaron Sorkin e de Woody Allen. Conta com duas actuações impressionantes (Adam Driver e Scarlett Johansson), uma cena caricata com a assistente social e a demagogia barata dos advogados à procura de benefícios financeiros. Se ainda não viste, deves casar rapidamente com esta separação “netflixiana”.
04. THE GREAT HACK/NADA É PRIVADO: O ESCÂNDALO DA CAMBRIDGE ANALYTICA (DOCUMENTÁRIO) KARIM AMER, JEHANE NOUJAIM
Bem-vindo à distopia com marca XXI. Devemos acabar com o poder exagerado dos gigantes tecnológicos ou o destino está traçado: selva incontrolável e o abundar de fake news? A denominada “aldeia global” apagou a privacidade do dicionário? “Democracy is being replaced by datacracy”? As respostas estão no telemóvel que transportas.
05. JOKER, TODD PHILLIPS
O passado perturbador de um dos vilões da saga Batman é aqui desvendado. Há violência gratuita a lembrar Tarantino, um sinal de protesto contra o status quo dos favorecidos e uma análise subtil sobre a problemática das doenças mentais. Joaquin Phoenix, como é seu apanágio, está irrepreensível.
06. PÁJAROS DE VERANO / BIRDS OF PASSAGE / PÁSSAROS DE VERÃO, CIRO GUERRA, CRISTINA GALLEGO
Se gostas da série Narcos, vais adorar a época rudimentar do tráfico de marijuana na Colômbia profunda (a partir dos anos 60). Desde dote prometido a uma donzela de uma família indígena, passando por conflitos marados entre clãs e a guerra total quando os acordos vão pela pia abaixo… Aproveita a dica e, enquanto assistes, enrola essa.
07. VITALINA VARELA, PEDRO COSTA
O cineasta português continua a enternecer o espectador com obras sobre realidades que estão à margem do mediatismo. A amargura (e as contrariedades sofridas) de alguma comunidade cabo-verdiana tem aqui um episódio de inegável beleza.
08. CLIMAX, GASPAR NOÉ
Obra inspirada numa festa privada, nos anos 90, em que a música electrónica e a dança contemporânea são levadas aos píncaros. Quando chega a tempestade, nem aos teus inimigos vais desejar uma moca destas. Já experimentaste uma very bad trip?
09. WERK OHNE AUTOR/NEVER LOOK AWAY / NUNCA DEIXES DE OLHAR: A ARTE NÃO TEM IDENTIDADE, FLORIAN HENCKEL VON DONNERSMARCK
São muitos os filmes que retratam o maléfico período nazi. Em Never Look Away, isso é notório na política de eugenia e o conceito da preservação da raça ariana. Mormente desse ângulo fulcral, a interpretação e o significado da arte na Alemanha durante e após a segunda guerra mundial (aqui já dividida em RFA e RDA), capta boa parte deste “olhar” cinematográfico.
10. THE TWO POPES / DOIS PAPAS, FERNANDO MEIRELLES
Quais são as divergências entre os papas Bento XXI e Francisco (que começou 2020 irritado)? O realizador brasileiro e o escritor Anthony McCarten enfatizam ambos os ideais e constroem um “duelo” entre Joseph Ratzinger e Jorge Bergoglio. Concebido entre a ficção e a realidade, as conversas são elucidativas, tocam em matérias sensíveis e roçam a comoção. Até para os não crentes.
As obras escolhidas foram lançadas em 2019 ou estrearam nas salas de cinema, em Portugal, nos últimos doze meses.
Filmes no topo da VICE Portugal em anos transactos: The Wild Pear Tree/ A Pereira Brava, de Nuri Ceylan (2018); The Handmaiden/A Criada (2017).
DISCO (ÁLBUM)
01. PURPLE MOUNTAINS – PURPLE MOUNTAINS
A ironia que há muito desejavas. Um olhar introspectivo com sofrimento, comicidade e aquele consolo de que é fácil responder a tudo com o simples “é a vida”. A felicidade é quando o sarcasmo quiser.
02. GHOSTEEN – NICK CAVE & THE BAD SEEDS
E do nevoeiro de uma tragédia (a morte do filho) aparece um Nick Cave com uma resplandecente meditação sobre esperança, conforto e amor. A trilha sonora perfeita para o fantasma pungente que, por diferentes razões, todos carregamos.
03. CHUVA NA SALA, ÁGUA NOS OLHOS – MARIA REIS
Uma inundação emocional de deixar a alma inquieta (e lavada) à procura de respostas e conexões. A reflexão sentimental para todos que não se contentam com pouco – e isso é muito. Pergunta a Lars Von Trier ou experimenta as vertigens de Um Ai ou de Odeio-te. O vício é automático.
04. EMILY ALONE – FLORIST
Música que nos remete para o imaginário dos filmes Into the Wild (de Sean Penn, 2007) e Wild (Jean-Marc Vallée, 2014). Os pensamentos de Emily Sprague vagueiam num folk íntimo que nos fazem concluir que o isolamento é uma planta regada de melancolia, lua e oceano.
05. MARIE MAGDALENE – FKA TWIGS
Um coração em ruínas a necessitar de retiro; a androginia experimental que encara a dor do fim; o registo sonoro que atraca no porto sentimental do passado e vence por goleada uma ida ao psicólogo para falar de desamor. No processo criativo, a “mulher alienígena” conta com Daniel Lopatin (Oneohtrix Point Never), Nicolas Jaar e Skrillex.
06. NO FIM ERA O FRIO – MÃO MORTA
Não temos a convicção de que o Mundo não seja um lugar seguro, como garante um dos temas dos bracarenses. Porém, temos a certeza de que os autores de Mutantes S.21 (Bodas de Prata em 2019) tornam as nossas vidas mais apelativas com este trabalho que deves partilhar com “a amada” enquanto “deflagram clarões de luz”. Fica o recado.
07. DOGREL – FOUNTAINES D.C.
Os novatos (e já bastante venerados) Fontaines D.C. são uma das figuras de proa do actual post/punk europeu. A receita é simples. Falam de desencantos e desejos da sua geração, da realidade que os circunda em Dublin e contam com um vocalista que já foi descrito como half Ian Curtis, half Mark E. Smith. Exagerado?
08. HEAVEN SURROUNDS YOU – SURF CURSE
O duo norte-americano veste o fato-macaco e grava um LP que releva o seu crescimento. Temos indie rock com tempero surf a citar – aqui e acolá – a melodia dos The Cure, cimentado em letras sobre experiências pessoais e dedicatórias aos cineastas David Cronenberg (em Dead Ringers) e Ingrid Bergman (Hour of the Wolf).
09. REMIND ME TOMORROW – SHARON VAN ETTEN
“Fiz questão de escolher músicas mais positivas para não ir para um lugar escuro!”, declarou a cantora ao Financial Times. Nós agradecemos e exploramos esta autobiografia como se a nossa intimidade estivesse em causa. Em Malibu ou num rooftop em Lisboa, os headphones pedem isto para afastarem eventuais sombras que te possam amedrontar.
10 . TRUST IN THE LIFEFORCE OF THE DEEP MYSTERY – THE COMET IS COMING
Quando o jazz namora a fusão, a harmonia torna-se numa viagem caleidoscópica que merece ser emoldurada numa tela (por uns minutos, os instrumentos abrem espaço para o spoken word de Kate Tempest). Este cometa é o melhor remédio para quem tem uma discografia estanque.
Álbuns no topo da VICE Portugal em anos transactos: 7, Beach House (2018); A Deeper Understanding, The War on Drugs (2017).
BÓNUS – Mais vinte tópicos relacionados com os sons e as imagens de 2019
1. ACONTECIMENTO NACIONAL
(ou o caso judicial que nos EUA daria pano para mangas se um elemento da administração Trump fosse acusado pela Justiça de dar cobertura a uma falcatrua)
Afinal, quem estava realmente a par do esquema fraudulento que significou a devolução das armas no caso de Tancos (a 18 de Outubro de 2017)? Se o então ministro da defesa Azevedo Lopes – acusado formalmente em 2019 – estava presumivelmente a corrente do conluio entre a PJ Militar e os ladrões (para a restituição do armamento extorquido), a informação chegou e teve a concordância de Costa?
Se o então Chefe da Casa Militar de Belém, João Cordeiro, supostamente conhecia o plano, não contou a Marcelo?
Sabendo que em Portugal muitos subordinados são paus mandados – ou submissos que não agem em assuntos melindrosos sem informar os superiores hierárquicos -, é assim tão fora de nexo achar que o primeiro-ministro e o presidente da República sabiam?
Será que um dos principais motivos para o afastamento de Joana Marques Vidal, da Procuradoria-Geral da República, prende-se com este processo (por ela ter interferido na investigação pouco clara da PJM)?
Se Costa nada tem a temer, porque não dá o seu depoimento presencial – enquanto testemunha de Azeredo e como tinha pedido o juiz Carlos Alexandre -, em vez de enviar as respostas por escrito e sem contraditório face to face (numa decisão tomada pelos Conselheiros de Estado)?
Nesta quinta, 9 de Janeiro, o Expresso noticia que “Azeredo Lopes admite prescindir do testemunho de Costa”. Estranho…
Ficam as questões para seis milhões de euros.
2. ACONTECIMENTO INTERNACIONAL
A mobilização de adolescentes em vários pontos do planeta contra as alterações climáticas (neste sentido, o The Guardian elaborou um guia simples e interessante para os interessados em se envolverem nesta luta). A sueca Greta Thunberg é uma das grandes responsáveis por este crescente interesse dos mais jovens.
3. FIGURA NACIONAL E FIGURA INTERNACIONAL
– André Silva: por ter feito um excelente trabalho como deputado único do PAN e, por via disso, o partido ter conseguido representação em Bruxelas e criado um grupo parlamentar de quatro membros nas legislativas. De forma directa ou indirecta, fez com que os eleitores acreditassem nos chamados “pequenos partidos” e fosse possível a estreia de três formações políticas com um deputado cada.
– Greta Thunberg: Ver tópicos 2 e 4.
4. CARTOON
A jovem activista a caminho do Prémio Nobel da Paz em 2020?
5. INTENSIDADE DESPORTIVA
– Liverpool – Barcelona 4-0 (2ª mão das meias-finais da Champions, depois dos ingleses perderem por três bolas sem resposta na 1ª mão).
– A tenista canadiana, Bianca Andreescu, 19 anos, vence a final do Open dos EUA frente a um dos vultos da modalidade, Serena Williams, na altura com 37 anos.
6. PERFORMANCE DE CINCO OU MAIS ESTRELAS, EM SÉRIE OU FILME
– Adam Driver (Marriage Story).
– Phoebe-Waller Bridge (Fleabag).
– Eva Melander (Border).
– Joaquin Phoenix (Joker).
– Jodie Comer (Killing Eve).
– Christian Bale (Vice)
– Scarlett Johansson (Marriage Story).
– Nathasha Lyonne (Russian Doll).
– Jharrel Jerome (When They See Us).
– Merritt Wever (Unbelievable).
– Reese Witherspoon (The Morning Show).
– Dominic Cummings (Brexit: The Uncivil War).
7. QUENTE, QUENTE, QUENTE
A cena sexual (com um pormenor bizarro) no filme Border.
8. MOMENTO FORA DA CAIXA
Parafraseando uma das melhores linhas na série Fleabag, “Queres foder o padre ou queres foder Deus?”.
9. A FEMME FATALE, O WEIRDO E OS TRÊS VILÕES
Personagens:
– Charmian Ross (actriz Florence Pugh em Little Drummer Girl).
– Ozymandias (Jeremy Irons em Watchmen).
– The Homelander (Antony Starr em The Boys).
– Vore (Eero Milonoff em Border).
– Joe Goldberg (Penn Bagdley em You).
10. DESILUSÃO (QUANDO A EXPECTATIVA ERA ALTA…)
– Tarantino conseguiu a sua pior obra com Once Upon a Time… in Hollywood (a evitar).
– Us, de Jordan Peele.
– Irishman, de Martin Scorcese.
– A terceira temporada de La Casa de La Papel.
– O disco Father of the Bride dos Vampire Weekend.
11. A CANÇÃO DE CÁ E A OUTRA DE LÁ
– Um Ai, de Maria Reis. (outras 29 canções da música portuguesa aqui.)
– Stranger, de Celeste. (outros 35 temas de música internacional aqui.)
12. A MINHA VERSÃO É MELHOR QUE A TUA
– Rozzi Crane – Creep (Radiohead).
– Hermitude feat. Jaguar Jonze – Heart-Shaped Box (Nirvana).
– Okay Kaya – Believe (Cher).
– Toy – Fun City (Soft Cell).
– Chromatics – On the Wall (The Jesus & Mary Chain).
– Trent Reznor & Atticus Ross – Life on Mars (David Bowie).
– Kelsey Lu – I’m Not In Love (10CC).
– The Marías – Baby One More Time (Britney Spears).
– Aldina Duarte – Fado da Sina (Herminia Silva).
– Bastille – Bad Guy (Billie Eilish).
13. TELEDISCO
– Plaid, Dancers
– Warmduscher, Disco Peanuts
– FKA Twigs, Cellophane
– Cate Le Bon, Home To You
– Dan Deacon, Sat by a Tree
14. COMENTADOR TELEVISIVO (POLÍTICA/SOCIEDADE)
– João Pereira Coutinho (CMTV).
– João Miguel Tavares (TVI24).
– Joana Amaral Dias (CMTV).
– Clara Ferreira Alves (SIC Notícias).
– Ana Gomes (SIC Notícias).
– Joaquim Viera (RTP3).
– José Pacheco Pereira (TVI24).
– Raquel Varela (RTP3).
– Luís Pedro Nunes (SIC Notícias).
– Ana Drago (RTP3).
15. PROGRAMA TELEVISIVO (POLÍTICA/SOCIEDADE)
– Negócios da Semana, na SIC Notícias, a 31 de Julho. Tema: “Políticos e negócios à mistura” (A cultura de amiguismo, a lei de incompatibilidades, etc).
O jornalista José Gomes Ferreira conta nesta edição com António Cerveira Pinto, arquiteto; Eduardo Correia, CEO na Taguspark e Professor de Gestão no ISCTE; João Paulo Batalha, presidente da Associação Integridade e Transparência e Paulo Morais, professor universitário.
Batalha deixa no ar a possibilidade de um “saco rosa” no caso das “golas”.
– Debate sobre as touradas entre Miguel Sousa Tavares e José Pacheco Pereira no Jornal das 8, da TVI, em Novembro, com a moderação de Pedro Pinto.
Sousa Tavares perde em toda a linha a defesa ao universo tauromáquico. O argumento (a desconversar) “Eu não estou no facebook, mas também não o quero proibir” entra para o anedotário milenar.
16. HOMENS TEMPORARIAMENTE NERVOSOS
– Luís Filipe Vieira: ao ter, alegadamente, metido a mão no pescoço de um sócio numa assembleia geral do Benfica, onde as críticas à direcção foram visíveis.
– Sérgio Conceição: por ter dado um pretenso soco ao treinador do Belenenses, no final de um jogo da Liga NOS em que o FC Porto empatou.
– António Costa: no fecho da campanha eleitoral para as legislativas, “mostrou os dentes” a um idoso que o interpelava erradamente por ter ido de férias durante os incêndios de Pedrógão. Na verdade, o PM continuou as férias quando apareceu o caso das armas roubadas em Tancos, deixando Marcelo e o ministro da defesa com a tarefa de tentar minimizar os danos político-militares.
17. MANCHETE NO JORNAL EM PAPEL
– “Alguém tem dúvidas do que são os ajustes directos em Portugal”. Citação de João Miguel Tavares, na Capa do Jornal i, 2 de Agosto.
– “Ex-Ministro suspeito de proteger os ladrões” [Caso Tancos]. Capa do Correio da Manhã, 24 de Julho.
– “O documento secreto que proibiu os testemunhos de Marcelo e Costa” [no Processo Tancos]. Capa da Sábado, 3 de Outubro.
18. PROGRAMA DE RÁDIO
Artigo 38, de João Miguel Tavares, na Rádio Observador.
19. QUEM MERECIA TER UM TALK SHOW?
Chico da Tina. É ele o “Jel do Minho”?
20. CANAL TELEVISIVO
France 24 (“Liberté. Égalité. Actualité”).
PS: Em jeito de transição para 2020, eis um resumo do monólogo inicial de Ricky Gervais na recente edição dos Golden Globes Awards, em Los Angeles. Piadas, bocas e provocações para famosos rirem e engolirem a seco. (Vídeo produzido pelo Washington Post)
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