Assim era a vida na Feira de São Joaquim em Salvador. Um mercado caótico que abastecia todos os terreiros da cidade e onde os moradores mais pobres compravam seus mantimentos diariamente, mas que está bem diferente por conta dos preparativos para a Copa do Mundo.
Em 2011, eu e outro fotógrafo local retratamos o lugar durante um período de seis semanas. Duas semanas depois, a polícia fez uma grande batida no mercado. Mais de 60 traficantes de drogas e outros pequenos criminosos foram capturados e parte da feira foi fechada completamente.
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Hoje, a reforma planejada está parada, e não se sabe se o projeto estará terminado até a Copa. O que foi originalmente vendido como um esforço de renovação, algo que melhoraria a qualidade da vida das pessoas que trabalhavam ali, na verdade espalhou muitos dos trabalhadores e antigos vendedores por toda a cidade. Atualmente, sete mil pessoas trabalham ali.
Agora, muitas dessas pessoas estão desempregadas e lutando para sobreviver. Depois de quase três anos, o “plano de sete etapas” para a revitalização ainda não saiu do primeiro estágio.
Os vendedores já realizaram diversos protestos e chegaram a conseguir uma audiência com o governo local. Os responsáveis culpam os sindicatos e problemas no planejamento pela lentidão das obras.
Veja mais do trabalho de Lennart Maschmeyer aqui.
Tradução: Marina Schnoor